quinta-feira, 13 de março de 2014

De sertanejo a ‘Beijinho no Ombro’, ex-RBD Dulce María se diz fã de música brasileira


Em mais uma visita ao Brasil, dessa vez para divulgar seu segundo álbum solo, Sin Fronteras, a ex-Rebelde Dulce María revelou ter um gosto musical bem diversificado. “Gosto de Beijinho no Ombro e de Lepo Lepo. São muito divertidas (risos)”, contou a cantora mexicana, em entrevista ao site de VEJA, fazendo referência ao sucesso da funkeira Valesca Popozuda e ao fenômeno do Carnaval deste ano de autoria do grupo de axé Psirico.

Para Sin Fronteras, no entanto, ela guardou distância do funk e do axé e se manteve firme ao pop romântico. Para alegrar os fãs tupiniquins, ela gravou uma versão alternativa com trechos em português da canção Antes Que Ver el Sol, com Manu Gavassi. Outra artista brasileira que está na mira da ex-RBD é Paula Fernandes. “Gosto muito das músicas dela, tem um ritmo romântico. Provavelmente faríamos algo próximo ao sertanejo”, disse sobre uma possível parceria. Nos bastidores de Sin Fronteras, a relação com o país fica ainda mais estreita. Duas faixas foram produzidas por Dudu Borges, conhecido por trabalhos com Michel Teló e Luan Santana.

Apesar de este ser seu segundo trabalho solo, Dulce diz que ainda é difícil se desgarrar da fama de Rebelde. “É um desafio constante se consolidar como artista solo, encontrar seu estilo musical, surpreender as pessoas, propor a elas coisas novas e manter o seu público”, afirma. “Agora (os shows) são em lugares menores, mas com pessoas que acreditam em meu trabalho.”

Se antes ela e seus cinco companheiros de grupo lotavam estádios como o Maracanã, o plano de divulgação do novo trabalho conta com um show intimista, que acontece nesta quarta-feira no Carioca Club, em São Paulo, que possui capacidade para pouco mais de 1.000 pessoas. O setlist, no entanto, contará apenas com quatro músicas de Sin Fronteras, que tem lançamento previsto para 8 de abril. Confira abaixo a entrevista concedida pela cantora Dulce María ao site de VEJA:

Qual o significado do título Sin Fronteras? É um disco que tem muita diversidade, muitos países envolvidos. Duas músicas foram produzidas pelo brasileiro Dudu Borges (que já trabalhou com artistas como Michel Teló e Luan Santana) e metade do álbum foi gravado na Espanha. Conto com a colaboração de Julian Álvarez, que é mexicano, canto em português com a Manu Gavassi, e também com o Coti, que é argentino. São diversas coisas juntas e creio que dizer que foi um CD sem fronteiras resume todo o trabalho. Os fãs, pelo Twitter, me ajudaram a eleger o nome. Acredito que tanto na música, como na vida, deveríamos viver sem fronteiras, então também pode ser entendido como uma metáfora.

Fazer parcerias com artistas de outros países é uma estratégia para conquistar novos públicos? Sim. Tenho planos também de voltar à Espanha e ao Leste Europeu, em países como Romênia, Sérvia, Eslovênia, onde fui com o Rebelde e ainda há fãs que me seguem e gostam das minhas músicas. No Brasil, por exemplo, os fãs são muito apaixonados. Então o relacionamento se torna algo natural, pois já tenho um público aqui.

Acredita que já conseguiu se desgarrar da fama de Rebelde e ser conhecida como a cantora Dulce María? Ainda é um desafio constante se consolidar como artista solo, encontrar seu estilo musical, surpreender as pessoas, propor coisas novas e manter o seu público. Esse disco tem músicas que falam de coisas mais atrevidas, porque os fãs também cresceram e querem ouvir outras coisas. E sinto também uma satisfação distinta comparada ao período em que estava com o Rebelde. O ritmo com o grupo era de tocar no Maracanã para milhares de pessoas, uma experiência muito intensa e incrível. Agora os shows são em lugares menores, mas com pessoas que acreditam em meu trabalho, conhecem as músicas que eu componho. Então é algo mais pessoal, uma satisfação diferente.

Com qual outro artista brasileiro gostaria de gravar uma música futuramente? Sempre que venho para cá tem alguma música da moda. Gosto muito da Paula Fernandes, Ivete Sangalo e conheci agora a Anitta. Gosto do Beijinho no Ombro, do Lepo Lepo, são muito divertidas (risos). Se fosse para escolher um artista seria a Paula Fernandes. Gosto bastante do ritmo romântico. Provavelmente faríamos algo próximo ao sertanejo.

Como será o setlist do pocket show desta quarta-feira? Será um show pequeno para promover o disco Sin Fronteras, que será lançado no dia 8 de abril. Vou cantar quatro músicas de Sin Fronteras e outras do primeiro CD, Extranjera. Será bem íntimo justamente para ficar mais próximo dos fãs.

Você já ouviu o CD solo da ex-RBD Maitê Perroni? Algumas músicas. Achei muito lindo e tenho certeza que ela deu o melhor de si. Sempre há muita expectativa ao lançar um disco. É um sonho expressar seu trabalho e um desafio iniciar uma carreira musical. Vivi isso com Extranjera e tive êxito.

Existe a possibilidade de uma reunião do RBD? Ainda não. No momento cada um está levando sua vida, sua carreira, então seria muito difícil uma reunião agora.

Se dependesse de você… Se todos puderem, sim.


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