sábado, 15 de março de 2014

Dulce María se inspira em Michel Teló: “quero levar minhas raízes na música”


Não é exagero dizer que Dulce María é a mais brasileira das mexicanas. Tanto que ela até já perdeu as contas de quantas vezes aterrissou por aqui. “Eu sempre quero vir”, disse a cantora ao encontrar a reportagem do iG essa semana em um hotel na zona norte de São Paulo. A artista está no País para divulgar “Sin Fronteras”, seu segundo álbum solo, cujo lançamento está marcado para 8 de abril. No novo trabalho, aliás, Dulce teve inspiração no sucesso de um ídolo daqui: o sertanejo Michel Teló. “Sua música tem a ver com o Brasil, e ele leva isso para outros países”, afirmou. “Eu também quero levar minhas raízes mexicanas na música.”

O carinho de Dulce pela bandeira verde e amarela vai estar refletido no novo álbum. Mais precisamente na faixa “Antes Que Ver El Sol”, cantada metade em português e metade em espanhol, com a participação especial de Manu Gavassi.

Essa foi a maneira encontrada pela mexicana de dizer “obrigado” aos fãs brasileiros. “Eles são muito fiéis, sempre estão aí, são muito apaixonados. Eu os amo muito. É por isso que no disco canto em português”, explicou.

Famosa por interpretar a personagem Roberta na novela mexicana “Rebelde”, Dulce carrega a responsabilidade de ser ídolo e modelo de comportamento para milhares que cresceram a assistindo na TV. Mas ela refuta o rótulo: “Não um modelo, mas um espelho. Sou um espelho em que eles podem se refletir e se identificar.”

Apesar de não ter shows marcados no Brasil dessa vez, com exceção de um pocket para convidados que aconteceu nessa quinta-feira (13), os fãs podem ficar sossegados, pois sua volta já está marcada. Em setembro, Dulce retorna ao Brasil para shows em cinco capitais com a turnê do novo álbum. As apresentações acontecerão entre os dias 12 e 20 e os ingressos vão de R$ 100 a R$ 1.200.

Na entrevista a seguir, Dulce María fala sobre “Sin Fronteras”, sua ausência da TV e uma possível reunião do RBD. “Agora cada um está em sua carreira, seguindo sua vida, focados. Agora não pode haver um reencontro.”

iG: O que os fãs podem esperar do “Sin Fronteras”?
Dulce María: É um álbum com muita diversidade, muita mescla de países e culturas. Tem quatro parcerias, algumas baladas, muitas composições minhas e uma parceria com Manu Gavassi, em que canto em português. São muitos países juntos: México, Colômbia, Argentina, Brasil e Espanha. Acho que os fãs vão gostar. É diferente, tem mais força e mais energia do que o álbum anterior.

iG: O nome do disco tem a ver com essa mescla de culturas?
Dulce María: Sim, é por causa dos países e das culturas que se uniram nesse disco. E também porque eu pedi ajuda aos meus fãs no Twitter para escolher o nome, eles me deram alguns nomes e escolhi “Sin Fronteras”.

iG: Em que você se inspirou para fazer o álbum?
Dulce María: Gosto de muitos artistas e muitas músicas. Estou buscando meu próprio som. Tem muitas coisas latinas. Mas algo que me inspirou foi o sucesso de Michel Teló. Ele é brasileiro, mas “Ai Se Eu Te Pego” estourou no México. Ele é brasileiro e sua música tem a ver com o Brasil, e ele leva isso para outros países. Aproveitando que as pessoas me conhecem em outros países, eu também quero levar minhas raízes mexicanas na música.

iG: Como foi a parceria com a Manu Gavassi?
Dulce María: Eu queria fazer uma parceria com alguém do Brasil e a gravadora nos juntou. Não nos conhecemos pessoalmente, ela gravou aqui e eu em Madri, mas gostei muito do resultado. Eu não a conhecia, mas gostei do que ouvi.

iG: Qual é sua relação com os fãs brasileiros?
Dulce María: Eu os amo. Eles são muito fiéis, sempre estão aí, são muito apaixonados. Eu os amo muito. É por isso que no disco canto em português, tenho uma parceria com uma cantora daqui. Por agradecimento a todo o carinho que recebo do Brasil.

iG: Essa devoção não chega a te assustar?
Dulce María: A única coisa que me assusta é que tanta intensidade possa machucar, ou algo assim. É a única coisa que me assusta. [Em 2006, três pessoas morreram durante uma confusão em um show do RBD em São Paulo]

iG: Você se considera um modelo para seus fãs?
Dulce María: Não um modelo, mas um espelho. Elas podem se identificar comigo e eu tento passar uma boa mensagem, um bom exemplo, mas não sou perfeita. Sou um espelho em que eles podem se refletir e se identificar.

iG: Como é a sua relação com seus companheiros de “Rebelde”?
Dulce María: É linda. Não os vejo muito, mas gosto muito deles.

iG: Os fãs já superaram o fim da banda ou ainda querem que vocês voltem?
Dulce María: Alguns querem o reencontro, outros preferem que sigamos carreira solo.

iG: E vocês, o que querem?
Dulce María: Agora cada um está em sua carreira, seguindo sua vida, focados. Agora não pode haver um reencontro. Talvez haja mais para frente, não falei com eles sobre isso.

iG: Apesar de estar focada na música, você ainda pretende voltar a trabalhar com TV?
Dulce María: Por enquanto não. Eu amo música, amo compor e me expressar através das minhas letras, poder dar uma mensagem. Eu não tenho tempo para atuar. Uma novela dura oito ou nove meses. Se eu estivesse em uma novela, eu não poderia estar aqui. Então prefiro me focar na música, dar toda minha energia na minha turnê.

iG: Como vai ser sua turnê?
Dulce María: Vou começar a planejar tudo quando voltar ao México. Mas vou tocar músicas do novo disco, do álbum anterior e com certeza algumas coisas do RBD.

Veja as fotos feitas por Dulce María para o site iG:












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