quinta-feira, 3 de abril de 2014
Capítulo 223-História ''Fuego''
No carro, Dulce e Christopher iam quietos e pensativos, enquanto a menina dormia no banco traseiro.
[Christopher] Eu não gosto desse silêncio.
Dulce não disse nada e mirou pela janela.
[Christopher] Dulce eu não quero ficar brigado com você. Hoje é o seu aniversário e...
[Dulce] Só por isso não? A gente não se viu e nem falou a semana inteira, e só porque hoje é meu aniversário, você resolveu nos levar para jantar. Eu não quero isso Christopher.
[Christopher] Não complique mais as coisas Dulce. (disse passando a mão pelo cabelo e depois a colocou no volante suspirando).
Dulce o olhou e viu que ele estava irritado, mas seu olhar logo correu para mão dele, fazendo-a sentir uma enorme dor no coração ao não ver a aliança de casamento.
Ela o olhou novamente, não acreditando que ele a havia tirado e, com lágrimas nos olhos, voltou a mirar a rua, se encolhendo ainda mais no banco. Agora sim se sentia completamente sozinha. Antes sentia um pouco de esperança que ele ainda a amasse, mas agora não. Tinha certeza que ele a esquecera.
Pensamento da Dulce: Eu não vou chorar! Eu não vou chorar! (pensava segurando e engolindo o choro).
Não queria se mostrar mais vulnerável ainda.
Ao parar em frente ao prédio Dulce desceu rapidamente e abriu a porta de trás.
[Christopher] Espere eu te ajudo. (disse saindo do carro e se aproximando dela).
[Dulce] Eu não quero a sua ajuda. (disse seca e tentando pegar a filha, que abriu os olhos lentamente). Oi meu anjo chegamos vem. (disse sorrindo).
A menina saiu do carro e Dulce a pegou no colo, colocando a cabeça dela em seu ombro. Ana Laura logo voltou a dormir.
[Christopher] Não seja teimosa Dulce. (disse se aproximando delas).
[Dulce] Pegue as chaves na minha bolsa e abra a porta por favor. (disse com indiferença).
[Christopher] Não faz isso você. (disse com um sorrisinho nos lábios).
Ela o mirou, fuzilando-o com o olhar.
[Christopher] Deixa que eu levo a Lalau.
Dulce, com cuidado, entregou a filha para ele, que a segurou da mesma forma que ela fizera e beijou a cabecinha da menina.
[Christopher] Ela tem o seu cheiro. (comentou sorrindo).
Dulce nem sequer o olhou. Apenas abriu o portão e entrou, antes de Christopher.
No elevador, o silêncio era total. Dulce olhava o teto e Christopher a mirava, achando graça o jeitinho dela.
Dulce abriu a porta do apartamento e Christopher, ainda com a filha no colo, entrou.
[Christopher] Vou colocá-la na cama. (disse baixinho).
[Dulce] Ta.
Enquanto Christopher se distanciava, Dulce o acompanhava com o olhar. Que homem! Costas largas, andar másculo, corpo definido e sarado, rosto lindo... Droga, tinha que esquecê-lo, como ele fizera. Ao pensar nisso Dulce sentiu o coração apertado. Como ele pudera esquecê-la tão fácil?
Dulce continuou em pé, sentindo os olhos marejados, quando Christopher retornou falando.
[Christopher] Será que a Lupe já está pronta?
[Dulce] Não sei. (disse secando o rosto disfarçadamente mas Christopher percebera).
[Christopher] Dulce não chore por favor. (disse se aproximando dela). Eu não gosto de vê-la assim.
[Dulce] Eu não estou chorando. (disse olhando para o lado).
[Christopher] Eu acho que sim. (segurou o rosto dela e a fez mirá-lo). Você é tão linda. (disse olhando cada centímetro do rosto dela).
Dulce estava com o coração acelerado. Queria beijá-lo e sentiu que talvez isso acontecesse. Ao fechar os olhos esperando por aquele contato, sentiu Christopher lhe abraçar, cheirando-lhe os cabelos negros. Rapidamente abriu os olhos. Céus, como se enganara. Nunca mais ele iria beijá-la.
Sentindo as lágrimas caírem de seus olhos, Dulce o abraçou forte, desfrutando o cheiro que ele exalava.
[Guadalupe] Olá Christopher. (disse aparecendo na sala e dando de cara com aquela cena). Ops, me desculpem.
[Dulce] Ta tudo bem Lupe. (disse tentando sorrir e se afastando do abraço de Christopher).
[Christopher] Que saudades. (disse indo em direção a Guadalupe que o abraçou).
[Guadalupe] É verdade menino. Mas agora, graças à dona Dulce, nós vamos ficar juntos. (Christopher sorriu).
[Christopher] Então vamos?
[Guadalupe] Vamos.
[Christopher] Vou te ajudar com as sacolas.
Christopher pegou a mala de Guadalupe e seguiram à porta.
[Guadalupe] Tchau Dulce. E muito obrigada. (disse ao abraçá-la).
[Dulce] Imagine Lupe.
[Christopher] Boa noite Dulce. (a beijou a testa, fazendo-a fechar os olhos num suspiro).
[Dulce] Boa noite. (disse após isso).
Eles chamaram o elevador e entraram no mesmoenquanto Dulce fechava a porta.
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