terça-feira, 6 de maio de 2014

Capítulo 46- História '' Vondy Meio-Irmãos''



Aliás que culpa teve? Resolveu sair um pouco para esfriar a cabeça. Lá fora estava chuvoso, ela colocou um casaco e foi para fora. A cada passo que dava lágrimas rolavam pela sua face, porém ao mesmo tempo se sentia mais forte.

— Eu vou superar. Preciso. A culpa não foi minha. — ela disse para si mesma e foi se acalmando aos poucos.

Retornou ao apartamento de Christopher e arrumou suas malas. E na última peça de roupa que colocou na bolsa suspirou pesado. Deu um jeitinho no cabelo e pegou tudo seu. Quando tocou na maceneta, sentiu a girando e deu de cara com Chris, já mais calmo.

— Er... você vai se mudar?

— Eu e minha mãe nos acertamos, eu vou para lá.

— Dul não precisa. — Ele segurou o braço da ruiva. Ela soltou.

— Precisa sim, vamos pensar se é isso que queremos, tudo é muito novo pra mim. Novo não é a palavra certa, mas eu só tenho 16 anos e tudo muda do dia pra noite. Me dá esse tempo.

— Ok. — Ele deixou a ruiva passar e ela acenou.

Ao sair engoliu o choro, não iria mais chorar nem se lamentar, iria apenas pensar em toda sua vida, por as ideias em ordens. Resolver os problemas... Foi a pé mesmo e depois de algum tempo, chegou na casa de sua mãe.

— Dulce anjo, estou tão feliz por você estar aqui! — Sua mãe correu para a abraçar, sua barriga já estava grande e ali crescia o irmãozinho ou irmãzinha dela.

— Oi mamãe. — Ela correspondeu ao abraço. — É menino ou menina?

— É um menininho.

— E qual é o nome?

— José! — Dulce engoliu em seco.

— José?

— Sim, não gostou?

— Temos gostos diferentes mamãe. — ela disse rindo. — Vou arrumar minhas coisas lá em cima, ok?

— Ok.

Ao chegar Dulce observou que estava tudo do jeito que havia deixado. Depois de um tempo estava tudo organizado nas gavetas e no ármario. Blanca deu duas batidas na porta.

— Posso entrar?

— Pode.

— Dul, precisamos conversar.

— Sobre?

— Não se faça de boba. Me explique desde o começo, tudo!

— Sobre mim e Christopher.

— É.

— Tudo começou quando eu conheci ele, eu tinha uns doze, onze anos. Ele tinha quinze, de imediato eu me apaixonei, começamos como amigos, nos aproximando cada vez mais... Já mais velha eu me declarei e ele disse que também me amava. Começamos a ficar e deu no que deu.

— É... e minha pequena virou uma mulher!

Dulce riu sem graça.

— Não precisa ficar com vergonha. Minha primeira vez foi com dezenove, com você foi um pouco mais cedo, mas... Tudo bem né, não foi com qualquer um.

— Como foi sua primeira vez mãe?

— Foi com um namoradinho de escola, ele me pressionou e eu acabei liberando no pátio da escola.

— No pátio?

— É. Mas já estava tarde, só tinha nós dois lá.

— Ah sim.

— Mas e você Ucker? Brigaram, acertei?

— Ah mamãe, uma longa história.

— Mas logo vocês voltam.

— É, mas agora, foi sério.

— Quer conversar?

— Prefiro ficar sozinha, depois continuamos a conversa.

— Ok.

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