quinta-feira, 8 de maio de 2014

Capítulo 47- História '' Vondy Meio-Irmãos''



Naquela noite Dul dormiu tranquilamente. Sim, ela conseguiu deixar os problemas de lado e apenas dormir. Não estava muito chateada, talvez fosse melhor assim. Talvez? A quem ela queria enganar? Nunca seria melhor assim, mas ela iria ter que superar. Acordou ás seis já se arrumando para a escola e depois seguiu para lá.

Look de Dul:



Acabou esbarrando com Xavier na rua. — “que desgraça” ela pensou.

— Oi Dulce.

— Oi.

— A gente não se fala desde que... aconteceu aquilo.

— Desde que você me beijou né? Bom, só irei lhe lembrar que só faz um dia e que você nunca mais irá fazer aquilo de novo.

— Dulce eu não sei o que aconteceu comigo!

— Como não sabe? Desde os sete anos de idade você tem essa obsessão por mim, me esqueça, pelo amor de Deus! — Ela seguiu o caminho, andando mais rápido, deixando ele para trás.

Xavier apenas assentiu e continou calmo. “ Você será minha Dulce, querendo ou não. Apenas você não sabe disso. ” Mais uma vez veio um pensamente psicopata em sua cabeça, pensou em sequestrar ela. Esses pensamentos já eram normal em sua cabeça e ele achava esse tipo de coisa totalmente certo, além do mais seria por amor e ninguém cuidaria melhor de Dulce, a não ser ele.

A ruiva já estava nervosa, que menino louco, parecia que a perseguia. Dava vontade de cavar um buraco e colocar a cabeça lá dentro. Logo chegou no colégio e deu de cara com Anahí, felizmente.

— Oi Dulcinha.

— Oi Annie.

— O que foi? Está suando, veio correndo sua doida?!

— Eu vim! Aquele louco do Xavier me perseguindo.

— Aí meu Deus eu vou denunciar esse garoto!

— Denunciar?

— É! O denunciar por perseguição, isso sim! — Dulce riu — Como foi com Christopher?

— Decidimos dar um tempo.

— Mas foi só um tempo, né? Vocês não terminaram, não é?!

— Foi só um tempo, ainda continuamos juntos.

— Ah sim, mas vai tudo entrar em ordem e vocês vão se acertar se Deus quiser.

— E ele vai querer!

Tocou o sinal e elas adentraram nos corredores do colégio, logo chegando na sala.

— Dul, vai fazer o que nas férias?

— Queria viajar.

— Idem.

— Vamos viajar ?

— Vamos! Eu, você, Poncho e Chaverroni.

— Chaverroni?

— É. É o nome do casal Maite e Christian, ficou legal né?

— Você é louca Annie! — Elas riram.

— Louca? Sou totalmente normal.

Mais uma vez o tempo passava, rápido. Passaram dois meses. Dulce se dedicava nas provas e teste, mais uma vez o fim de ano se aproximando. Faltava apenas algumas provas e simulados para chegar as férias. As tão esperadas “vacaciones”, nesse ano estava animada, estava cheia de planos de viagens com os amigos, praia... Estava bem mais calma e alegre. Seu irmãozinho já iria nascer, só faltavam 2 semanas.

Eram quatro e meia da tarde, a mesma estava um pouco entediada. Sua mãe estava no hospital e Victor como sempre trabalhando.

Dulce ficou ouvindo músicas no celular, até que ouviu alguns barulhinhos de vidro. Foi até a janela, para ver o que era e quase que uma pedrinha pequena a atingiu. Ela olhou assustada para baixo e se deparou com Christopher fazendo uma "serenata". Ele cantava e se desculpava na música, aquilo era irônico. Dulce de imediato sorriu e riu daquilo.

— Me perdoe meu amor! — Ele dizia em forma de música, toda a vizinhança olhava em volta, sem entender. Dulce assentiu negativa e ele continou lá. A mãe da mesma apareceu atrás dela.

— Desce logo Dul!

— Não mamãe, eu jurei para mim mesma que agora, era só para eu pensar.

— Deixa o orgulho de lado.

— Aí mas, mamãe..

— Mas nada, desce!

A mesma desceu as escadas correndo e sorridente, chegando lá e dando um abraço forte no mesmo. Eles colaram suas testas e sorriram um para o outro.

— Não conseguia mais ficar longe de você.

— Eu também, quase morri sentindo sua falta.

Dulce entrelaçou os braços no pescoço de Christopher e ele colocou as mãos na cintura dela. Mais uma vez sorriram, a mesma se colocou na ponta dos pés e roçou seu nariz no dele. Logo depois sorriu e eles iniciaram um beijo calmo e lento. Poderiam ficar só naquilo por horas e horas, mas foram despertos por uma salva de palmas da vizinhança. Isso mesmo, parecia incrível, mas todos já, meio que sabiam.

Ao terminar o beijo, mais uma vez sorriram um para o outro. Era inevitável, não sorrirem depois de uma troca de olhares totalmente perfeita. Na verdade mesmo, o que eles mais tinham era quimíca. E também acho que o destino era o que unia aqueles dois.

— Vai voltar pra mim anjo? — Ele se ajoelhou na frente dela. E ela assentiu. — Quer noivar comigo? — Dulce permaneceu imóvel durante um tempo, aquelas palavras soavam em sua mente, eram como música para seus ouvidos. Noivar, quem diria. Com certeza ela iria dizer sim, era o que sua alma, seu coração, dizia. Por dentro pulava, fazia festa, mas por fora continuava quieta.

— Aceito. — Ela puxou a mão dele, fazendo-o levantar e eles se beijaram novamente. O primeiro beijo depois de noivos. Dulce abriu os olhos e imediatamente seus olhos encontraram os dele.

— Olha hein Christopher, vai cuidar bem da minha bonequinha, muito bem! Se não, pego ela de volta. — Ele sorriu.

— Pode deixar.

Blanca já estava em prantos.

— Nossa mamãe, até parece que já casamos!

— E você não acha que já está perto Dulce? Vocês até já são noivos!

— Mesmo assim. Vamos casar quando eu tiver 18 anos, não é Chris?

— Ok, ótimo. — Eles sorriram.

— Você já tem dezesseis, daqui a pouco com o fim do ano é dezessete. Aí meu coração. — Blanca colocou a mão no coração já soluçando.

— Dessa vez quero netos, hein! — Disse Victor, surpreendendos os pombinhos. Dulce corou.

— Quatro netos né, Dulce?

— Que isso, senhor!

Todos riram.

— Tudo isso não. No máximo um casal.

— Dois casais.

— Vamos ter tempo para discutir isso.

Ambos se sentaram no meio fio e ficaram se observando.

— Ainda não caiu a ficha. Para mim isso ainda é um sonho.

— É real.

— Eu te amo tanto.

— Eu também e me perdoa por eu ser tão estúpido.

— Eu perdoo, se fosse eu, faria a mesma coisa.

— Não, não faria, pois você iria saber que não era minha culpa.

— Shhi, vamos esquecer isso, o importante é que estamos aqui agora.

— Isso é mais que importante, pra mim.

— Ficamos dois meses separados. Um recorde.

— Não é? Não conseguiamos, ficar horas.

— Mesmo assim, um recorde, que nunca mais vamos bater. Dois meses foi muito tempo.

— É. Quase noventa dias.

— Não exagera.

— Ué, se fosse mais um mês ficaríamos separados por noventa dias.

— Ainda bem, que já voltamos. Agora fica quieto e só me abraça.

— Ok, senhora.

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