A mesma recusou o jantar , e novamente sua mãe entrou no quarto e sentou-se na beirada da cama, pronta a conforta-la e oferecer uma palavra de carinho que pudesse ajudar a menina, mas Dul não se abriu, desculpou-se alegando dor de cabeça, mas não conseguiu enganar a mãe.
Blanca também já fora uma adolescente e via agora suas recordações refletirem-se na filha. Dul estava exatamente do jeitinho que ela estivera, uma vez, há muito tempo, quando uma pequena briguinha com o rapaz que viria a ser o pai de Dul fora transformada, dentro de sua cabeça, em uma verdadeira tragédia. A única diferença era que Blanca ainda não sabia o porque, nem a dimensão dessa “tragédia”. Apenas sabia que aquilo eram males de amor, a mãe de Dul não duvidava, agora podia ver o quanto ela gostava de Ucker, que não poderia duvidar do sentimento dela perante a ele. Mas ela também sabia que , para esses males, palavra de mãe ajuda um pouco.
Tentou dizer alguma coisa, tentou confortar a filha com sua própria experiência, mesmo não sabendo do que se tratava, mas foi interrompida pelo telefone que tocava.
Saiu do quarto da mesma e foi atender. Era Ucker pedindo pra falar com Dul.
(Blanca): Dulce..É pra vc, é o Ucker..
Do quarto de Dulce , o que veio foi uma voz chorosa.
(Dul): Diga que eu não estou! Diga que nunca mais estarei em ligar nenhum.
Apesar da enorme tristeza e desilusão que sentiu, via na obrigação de comunicar tudo a Ucker, e pegar seu celular que havia esquecido com o mesmo.E antes que Blanca pudesse desligar o telefone correu até onde sua mãe estava e tomou o aparelho de sua mãe.
(Dul): Preciso conversar com vc urgentemente..
(Ucker): O que aconteceu meu amor? Vc parece estar chorando.
(Dul): Depois eu explico, mas eu preciso conversar com vc urgentemente.
(Ucker): Daqui umas duas horas eu sairei da empresa.. Ai eu passo na sua casa, pode ser?
(Dul): Não prefiro que seje em outro lugar.
(Ucker): Ah é?!(sorriu malicioso) Na minha.
(Dul): Eu to falando sério... Pode ser aqui em casa mesmo.(suspirou)
(Ucker): Ta ok. Tchau. Beijo.Te amo pequena.
(Dul): Tchau. Te amo.
As duas horas se passaram e não demorou muito para que Ucker chegasse a sua casa.
(Ucker): Oi meu amor(sorriu e lhe dando um selinho)
(Dul): Oi..(sorriu forçada)
(Ucker): O que esta acontecendo?(notando que o rosto da mesma estava vermelho e inchado, mostrando que a mesma havia chorado) Vc ta passando bem?(preocupado)
(Dul): To( afirmando com a cabeça) Eu queria conversar com vc, mas vamos pro meu quarto(subindo as escadas e mirando Blanca que os olhavam tentando entender alguma coisa)
Ucker apenas acompanhou Dul.
(Dul): (suspirou fechando a porta de seu quarto)Ucker, queria saber se vc, sempre contou a verdade pra mim e nunca me escondeu nada que já tivesse feito(virou-se pro mesmo)
(Ucker): (franziu o cenho) Vc quer saber todo o meu passado ,é?!
(Dul): Não é que ..(suspirou) Vc já me traiu?
(Ucker): Que?! Da onde vc tirou isso? Não confia em mim? Não confia no meu amor?(idginado)
(Dul): Calma...Posso continuar?(Ucker apenas assentiu) Eu confio em vc, e vc sabe muito bem disso. Mas eu tenho outra pergunta..pergunta não, suposição(se corrigiu)
(Ucker): Vc ta bem?(colocando sua mãos sobre a testa da mesma) Mas continua..
(Dul): Se um dia um ex namorado meu falasse pra vc que eu estaria gravida dele. Vc acreditaria?
(Ucker): (colocando a mão sobre a boca) Vc ta grávida? Ah agora ta explicado a péssima lembrança que vc tem do seu ex. Vc ficou com medo que ele viesse falar comigo, né?! E então resolveu ..(foi interrompido)
(Dul): Vc ta louco?!(irônica) Da onde vc tirou que eu to gravida? Qual parte de isso é um suposição vc não entendeu?(já ficando nervosa)
(Ucker): Ah..e pra que vc quer essa sua “suposição”?(também já se irritando)
(Dul): Pra uma coisa que aconteceu comigo, hj a tarde..
(Ucker): O que aconteceu com vc hj a tarde?(incrédulo pela frieza de Dul lhe contar isso)
(Dul): Uma coisa relativo a vc..(suspirou triste)
(Ucker): Ah, vai falar o que? Que me traiu..não , não que eu te trai fica melhor(ironizou totalmente em meio a risadas sínicas ) Sinceramente eu não quero saber dessa sua paranoia(ia saindo, mas Dul o impediu puxando o mesmo pelo braço)
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