quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Capítulo 230-Histórias ''Uma Promessa Quebrada''(Vondy, Ponny, Chaverroni)



(Blanca): Não há o que fazer Dulce.(suspirou) Iremos vir aqui todos os dias, após sua aulas(explicou)


(Dul): E quem disse que eu vou estudar?


(Fernando): Vai largar os estudos é?!(revirou os olhos, pegando sobre a cama do hospital algumas malas)


(Dul): Este ano vou.(disse certa)


(Fernando): Mas não vai mesmo. Filha minha não vai virar uma bastarda nunca na vida.


(Dul): Ah! Agora vc lembrou que eu sou filha sua né?!(irônica) Depois de me visitar duas vezes durante essas duas semanas e meia que eu fiquei presa aqui, ainda quer me dar lição de moral. Favor o favor né?!


(Fernando): Mas infelizmente eu sou seu pai e vc vai me obedecer.


(Dul): Só tem um problema.(sorriu cinicamente) Eu sou de maior de idade e faço o que quiser da minha vida.


(Fernando): Não enquanto estiver vivendo sobre meu teto.(disse autoritário)


(Blanca):Vcs dois querem fazer o favor de pararem de portar como duas crianças?!(irritada) Dulce vc não vai parar de estudar e ponto, e enquanto a vc Fernando tenha mais paciência.


(Ucker): (entrando no quarto)Desculpa o atraso, mas é que tive de levar o Felipe até a casa do Alfonso.(suspirou) Tudo pronto para irmos?(sorriu feliz)


(Fernando): E pro casamento, tudo pronto?(sorriu cinicamente)


(Dul): (revirou os olhos) Eu já disse que não vou me casar.


(Fernando): E pretende cuidar dessa criança como?


(Ucker): Bom, senhor, não é dessa forma que iremos resolver as coisas(concluiu)


(Fernando): Ah! Claro que não senhor sabe tudo.(irônico)


Depois de amamentar seu filho Dulce e Christopher seguiram rumo a casa da ruiva. Fernando e Blanca teriam antecipado suas idas pelo fato de terem alguns problemas da empresa para resolverem.


Dulce fixava seu olhar pela janela do carro, deixando que seus pensamentos fluíssem..


(Ucker): Vc está bem Dulce?(preocupado)


(Dul): E por que não estaria?(disse séria, e como já de costume o mal humor entrelaçado a ela)


(Ucker): Não sei.(Se limitou a dizer)


(Dul): (suspirou) Parece que tanta coisa mudou.(disse para a surpresa de Christopher calmamente) Tudo parece tão..tão...diferente.


(Ucker): Impressão sua..


(Dul): Não, não é.(persistiu) Tem algo corroendo dentro de mim e eu não sei explicar.(atordoada)


(Ucker): Deve ser a perda de Henrique.


(Dul): Também.(Suspirou) Tenho medo..Tenho medo de não ser uma mãe excelente, de não saber como lidar com isso, de não ter o dom ..


(Ucker): (estacionando o carro em frente a casa de Dulce) Eu vou estar ao seu lado, e sempre que tiver medo eu vou te assegurar que vai passar.(sorriu)


(Dul): por que?(perguntou incoerente)


(Ucker): porque, o que?(desentendido)


(Dul): Porque mesmo eu te tratando mal, quase de enforcando, te julgando, te menos prezando , vc me trata assim?! Se fosse em outros tempos eu di..(foi interrompida)


(Ucker): Eu disse que mudei, não disse? E não importa o que vc faça comigo, pode me matar, amordaçar, fazer o que quiser, eu sempre vou te amar.(suspirou) Mesmo estando juntos ou não.


(Dul): E a Marian?


(Ucker): (revirou os olhos) o que tem ela? Por que sempre que digo de te amo vc coloca a Marian em primeiro plano?(cruzo os braços)


(Dul): Porque..porque eu quero o melhor pra vc e eu não sou o melhor pra vc(concluiu)


(Ucker): Não me ama mais, é isso?


(Dul): Não(negou com a cabeça) Christopher eu sei que cada dia que passo to ficando a pessoa mais intolerante do mundo e não quero que me ature dessa forma.


(Ucker): Eu adoro esse seu jeito.


(Dul): Não Christopher.(persistiu) A gente vai acabar magoando um ao outro novamente


(Ucker): Eu não vou permitir isso.


(Dul): Não é culpa sua.


(Ucker): Pelo menos a última chance..(disse se aproximando da mesma)


(Dul):Não estamos lidando com chances, e sim com sentimentos.


(Ucker): (Suspirou derrotado) Tá ok, então.Então pela última vez, eu prometo nunca mais fazer isso.


Trouxe Dulce para mais perto de si, a mesma já previa o que estava por acontecer, se seria a última vez que fosse então, Christopher deixou que seus lábios tocassem o dela, em um euforia e ganancia, era a última vez que sentiria o doce beijo de sua amada. Se era assim que ela queria não iria lhe importunar mais, estava disposto a apenas te-la como amiga e nada a mais.


(Ucker): Perdão se te fiz sofrer.(disse se separando da mesma)


(Dul): Ta perdoado.(Disse já sentindo uma náusea lhe penetrar o estômago, Christopher estava desistindo dela)


(Ucker): (sorriu melhorando sua postura diante da poltrona do carro) Obrigado por tudo.(suspirou)


(Dul): Eu que tenho de agradecer a vc.(disse relutante as suas ações)


(Ucker):Por te fazer sofrer?(indagou sem encara-la)


(Dul): Talvez.(Deu os ombros) Acho que é isso né?!(o fitou por alguns segundos, até que seus olhos pudessem fazer seu delicioso e estingante papel de ser chocarem)


(Ucker): Oras, Dulce, não é tão mal assim..(disse buscando descontrair) Vc só passara algumas horas sem minha presença.(Sorriu divertido) Agora somos pais, temos de ter atitudes de pais.(constatou com um belo sorriso sedutor, que fora percebido por Dulce, se não fosse um nó na garganta que lhe afligia)


(Dul): Claro.(forçou um sorriso)Atitudes adultas.(suspirou abrindo a porta do carro )


(Ucker):Por que sinto que não está feliz?(se deteve em perguntar se era por sua desistência)


(Dul): Talvez porque acabei de sair de um hospital e estou exausta.(suspirou colocando suas pernas para fora do carro)


(Ucker): Ei(a repreendeu enquanto saia as pressas do carro e dava o contorno nele, ficando de frente a Dulce) Vc acabou de fazer uma cesariana, não estava brincando de médico.(disse enquanto a segurava pela cintura e a descia facilmente do carro)


Dulce hesitou em abrir um sorriso , ainda que fraco, mas que demonstrava o quanto se sentira feliz em notar que Christopher ainda se importava consigo mesma.


(Ucker): Quer que eu a ajude entrar em casa?(disse prestativo)


(Dul): Acho que ainda sei andar.(sorriu divertido) Vo ficar bem(concluiu)


(Ucker): Acho então, que devo ir.(Suspirou)


O silêncio pesou entre eles, ambos sabiam que dali pra frente as coisas não seriam tão desejadas, quanto imaginavam. Não, não seria um conto de fadas, Christopher tinha dito, com todas as letras, ou talvez com os indícios, que estava desistindo de Dulce, e isso parecia lhe acertar como uma faca em seu peito, teria de admitir que adorava os mimos do mesmo, e agradeceu pela desistência, pelo fato de saber que não resistiria por muito tempo.


(Ucker): Se importaria se amanhã eu passasse aqui para leva-la a aula?(perguntou interessado)


(Dul): (sorriu) Não vejo problema.


Christopher não tinha desistido dela, aquilo era apenas uma ameaça, deduziu. Mal sabia que o mesmo buscava sua felicidade, sim, gostaria de ver Dulce feliz, mesmo que teria de se contentar com apenas sua amizade.


Somente quando ouviu o arrancar do carro e apenas uma balançar das mãos de Christopher , se despedindo novamente foi que saiu de seu transe.


Encheu seus pulmões de ar, criando forças para que a “nova” Dulce estivesse pronta pra retornar a sua casa. Sem Henrique, e rotulado como a mais nova mãe do bairro.


Entrou em casa, e pode perceber que se encontrava sozinha, o ambiente  pouco iluminado pelo sol que estava fazendo seu trabalho, e novamente encheu seus pulmões de ar, inalando o forte cheiro de repelente, definitivamente, parecia desconhecer aquele local, subiu até seu quarto, onde poderá perceber que tudo se encontrava igualmente deste a ultima vez que saíra, pela porta.

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