Dulce se precipitou a simplesmente a se levantar e sair da casa batendo com certa força a porta. Não estava mais suportando aqueles acontecimentos que se sucediam em sua vida, não estava suportando a ideia de ter Leticia como amiga, não suportara não ter perto de si as retardatices de Any, o certo do poncho, não suportava a perda de seu irmão, a cisma de seu pai, a homilia de sua mãe, a perda de Maite pra uma doença, a vinda de um filho, e agora a perda de alguém talvez importante..importante não, essencial na vida de Dulce. Christopher. Sim, ele teria a abandonado, a mesma se sentia cada vez mais só , ele já não a mais protegia, já não a olhava como antes, e ainda tornara um belo bruto. Dulce caminhava vagarosamente pelas ruas desertas , com um sol insuportavelmente pairando sobre o ar, sua barriga já lhe dava sinais de cansaço, afinal ainda estava se recuperando, seus pés doíam, suas costas latejavam, e uma vontade extraordinária de tomar sorvete de sabor “fruta do conde” lhe assombrava, enquanto balançava sua cabeça negativamente não avistando nenhuma sorveteria.Seguiu ainda com passos rudimentares já sabendo que ainda faltara quatro quarteirões para que chegasse em sua casa, e se glorificou ao sentir que o sol já não mais batia em sua face, pelo menos isso, continuou caminhando e pode perceber uma sombra..uma sombra enorme.. uma sombra lhe seguindo, virou seus pescoço para o lado contrario e pode perceber a presença de Christopher em seu carro.
(Ucker): O que vc tá pensando que tá fazendo?(disse sério)
(Dul): Indo embora, oras.(meio que obvio)
(Ucker): Vc tem noção do que significa a palavra resguardo? (a ironia pairava em sua rouca voz)
(Dul): me deixa em paz.(continuou seu trajeto)
(Ucker): Dulce, entra logo no carro que eu te levo em casa.(revirou os olhos)
(Dul): Eu sei andar, queridinho.(era vez da ruiva soltar uma ironia)
(Ucker): Não me faça descer..(bufou, enquanto abria a porta do carro)
(Dul): Não se dê o trabalho.(sorriu cinicamente)
(Ucker): Não quero que meu filho cresça órfã.(disse enquanto se encaminhava ao seu rumo)
(Dul): Ah! Claro, agora e meu filho pra lá, meu filho pra cá.(bufou e reatou seus passos largos rumo a sua casa)
(Ucker): Eu não to ouvindo isso de vc né Dulce?!(a alcançou segurando se braço a fazendo fita-lo) Está com ciúmes de seus próprio filho comigo é!?(sorriu ironicamente)
(Dul): Não(negou com a cabeça) E também se tiver?! Não ira fazer diferença mesmo.(Deu os ombros)
(Ucker): Dulce , se lembra o Miguel nosso filho?!( não acreditando nas ações de Dulce)
(Dul): Claro que eu lembro, lembro também que vc simplesmente me esqueceu.
(Ucker): Esqueci?(riu ironicamente) Não fala besteira.
(Dul): E eu to falando? Vc agora só me deixa em segundo plano, por causa do Miguel, só faz coisas, por causa do Miguel.
(Ucker):Dulce vc tá se referindo ao seu filho, e não a um qualquer(se dignou) E não eu não to te deixando em segundo plano..(negou com a cabeça) Faz três semanas que não durmo direito, porque passei noite e dia ao seu lado, sem fechar os olhos de medo de algo lhe acontecer?! E é assim que me retribui?! (Suspirou)
(Dul): Ah! Mas vc sempre faz as coisas pensando em retribuição.(explodiu) Vc só pensa em vc mesmo.
(Ucker): Foi eu quem não sei nem chances da Leticia explicar alguma coisa, né!?(irônico)
(Dul): Ela não mudou.(insistiu)
(Ucker): Na sua concepção.
(Dul): Na realidade.
(Ucker): vc tá parecendo uma criança.(negou com a cabeça)
(Dul): Agora eu sou a criança é??!(colocou as mãos na cintura) Vc que faz as p..(foi interrompida)
(Ucker): Desculpa.(negou com a cabeça) Mas eu não sou perfeito e também nenhuma máquina, pra conseguir suportar essas idiotices que vc vem dizendo nos últimos dias, será que vc já se deu conta de como todos se afastaram de vc?!
De fato Dulce não havia reparado tal detalhe, e como resposta permaneceu em silêncio absoluto.
(Ucker): Talvez esteje na hora de VOCÊ rever seus princípios.
(Dul): Tá vendp. Até vc, até vc se acha melhor ..(negou com a cabeça)
(Ucker): Entra logo no carro que eu vou te levar em casa, e isso não é um pedido.(disse ríspido)
(Ucker): Amanhã passo cedo aqui para irmos a escola.(se pronunciou pela primeira vez desde que Dulce havia entrado em seu quarto)
(Dul): (negou com a cabeça ) Não(encheu seus pulmões de ar e o soltou em questão de segundos) A gente tá fazendo errado Christopher.(concluiu calmamente seu fita-lo)
Christopher estava começando a desconfiar realmente que Dulce viria a ser uma pessoa bipolar, à alguns minutos atrás estava morta de ciúmes e agora vinha lhe falar tranquilamente como se nada houvesse acontecido.
(Ucker): Estamos fazendo errado o que , Dulce?(revirou os olhos)
(Dul): Tudo.(disse claramente) Não estamos juntos, mas acabamos nos sufocando de tanto que nos vemos, nos falamos, nos delimitamos.(o mirou) Não tem o porque de vc vir me buscar amanhã, meu pai me da uma carona, e posso te pedir uma coisa?
(Ucker): (franziu o cenho) O que?
(Dul): reconstrói sua vida.(disse certa) Vá atrás da recuperação da empresa do seu pai, que eu acabei estragando tudo, vai buscar o que mais te cobiça, vai viver.(suspirou) Tenho certeza que eu e o Miguel vamos ficar bem(o assegurou) Não posso mais viver assim.(negou com a cabeça) Não com vc perto de mim e eu não ter o direito de sentir ciúmes..(foi interrompida)
(Ucker): Mas eu lhe dou esse direito.
(Dul): Não vamos piorar mais as coisas, ok!? Cada um pro seu lado, certo?!(disse enquanto descia do carro)
(Ucker): Amanhã eu passo aqui para irmos pra escola juntos.(voltou a repetir)
(Dul): Faça o que quiser, mas eu disse que não vou com vc.(seguiu rumo a entrada de sua casa)
Christopher bufou e seguiu rumo a sua casa decidido a fazer algo para corromper aquele jeito bipolar de ser.
Como prometido no dia seguinte acabou por passar na casa de Dulce logo pela manhã e concretizou a síntese que a mesma havia lhe dito. Dulce tinha pegado carona com Fernando e estaria alguns minutos adiantada.
(Chris): Pensei que já havia se decidido.
(Dul): O piro que não, e os médicos me disseram que vão dar alta pra ele até o mês que vem, e logo que ele sair quero que esteje tudo preparado.(concluiu) E estava pensando em chamar vc com a May pra ser madrinha e padrinho dele, o que me dizem?(sorriu)
(May): O bonitão ali sabe disso?(apontou Christopher que caminhava rumo ao trio)
(Dul): O filho também é meu.(disse certa)
(Ucker): por que não me esperou?
(Dul): Christopher a gente já conversou e..(foi interrompida)
(Chris): E a Leticia?(perguntou se recordando do dia anterior) Acho que ela não queria causar nenhuma discussão entre vcs dois.
(Dul): E não causou,ela apenas antecedeu algumas conclusões que chegamos.
(May): E essas conclusões são ruins!?(receosa)
(Ucker): De forma alguma.
(Dul): Concordo.(Disse séria)
(Chris): Não sei se vc acreditou Dulce, mas a Leticia parece realmente arrependida por tudo, e acho que o tempo que ela passou na clinica a ajudou reestabelecer um ideal para sua vida seu atrapalhar a vida alheia.(concluiu)
(Dul): (revirou os olhos) Pois bem, eu não acredito.(cruzou os braços insatisfeita)
(----): Que babados são esses que vcs não me contaram?(uma voz pairava nos ouvidos do quartetos , fazendo-os surpreso pela forma humana que acabara de visualizar)
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