Duas semanas depois...
Duas semanas se passaram e nada de Dulce se animar. Ela continuava triste e abatida, mesmo com os amigos e o namorado ao seu lado. Nem trabalhar ela estava indo, pois dissera que não tinha vontade de nada, nem de desenhar que era o que mais amava fazer.
Christopher estava se sentindo muito mal com tudo isso. Além de não conseguir animá-la convidando-a para sair e tudo mais, Dulce se recusava em fazer amor. Tudo isso junto estava deixando-o completamente triste e irritado, pois não sabia porque ela o rejeitava.
Dulce o rejeitava, pois deixara de se sentir atraente. Achava que não era bonita o suficiente para ele e tinha medo de engravidar novamente, pois achava que não conseguia segurar um filho.
Durante esses dias, Christopher e Alfonso se tornaram grandes amigos, pois Christopher ia quase todas as noites falar com o Alfonso sobre o que estava acontecendo entre ele e Dulce. Alfonso ficava chateado em saber que cada dia que passava, sua amiga parecia estar pior e menos disposta a superar, mas estava ao lado do casal para o que der e vier, assim como todos os outros.
Christopher: Bom dia pequena! – sussurrou no ouvido dela que estava de costas para ele.
Dulce: Bom dia, Chris! – desanimada enquanto via TV bem baixinho.
Christopher: Você dormiu bem? – olhando os ombros dela.
Dulce: Aham e você? – ainda vendo TV.
Christopher: Eu poderia ter dormido melhor! – roçando os lábios no ombro desnudo dela.
Dulce: Chris pára! – mexendo o braço.
Christopher: Por quê? – abraçando-a pela cintura, encostando os lábios novamente no ombro dela.
Sentindo a mão de Christopher em sua barriga, Dulce a pegou e o fez soltá-la, também o fazendo tirar a boca do seu corpo.
Dulce: Porque eu não quero! – seca.
Christopher: Aff Dulce Maria, eu não agüento mais! – irritado, se levantou da cama e parou na frente da TV – Por que você não deixa eu te tocar eu te amar?
Dulce: Porque eu não quero, Christopher... custa entender? EU NÃO QUERO! – se irritando.
Christopher: Dulce, você tem que viver... o nosso filho morreu, mas você não! – brigando com ela.
Dulce: Quem dera se tivesse sido eu! – disse baixinho.
Christopher: Não diga isso, Dulce... nunca mais! – brigou. Christopher estava com uma fisionomia zangada e olhava sério para ela – NÓS, seus amigos e eu, precisamos de você, mas a única coisa que você faz é ficar 24 horas por dia deitada nessa cama e chorando...
Dulce: Me desculpe se eu te incomodo... se quiser, eu volto para o meu apartamento! – irritada, sentou na cama.
Christopher: Não, eu não quero! O que eu quero é a antiga Dulce de volta, aquela que amava o trabalho, ME amava... QUE VIVIA!
Dulce: É Christopher... eu to morta! – chorando – É assim que eu me sinto... MORTA! Aquela criança era o que eu mais queria, o que eu mais desejava e eu nem fui capaz de segurá-la! Eu sou um lixo... não sirvo para nada! – chorava descontroladamente.
Christopher começara a chorar ao ouvir ela falar tudo aquilo e foi correndo abraçá-la.
Dulce lutou um pouco contra o abraço dele, mas logo acabou se rendendo.
Christopher: Você não é um lixo, pequena... não diga isso! – chorando.
Dulce: Eu não fui capaz de segurar o nosso filho, Chris! – chorava molhando o peito dele.
Christopher: Não fale isso, Dul... aconteceu! – apertando-a ainda mais.
Pensamento de Dulce: Não Chris... eu que não sirvo para nada!
Eles ficaram abraçados durante um tempo desabafando com choros, até que se acalmaram e se separaram.
Christopher: Não chora, por favor! – secou o rosto dela – Você tem que ser forte!
Dulce apenas assentiu com a cabeça, pois sabia que forte ela não conseguiria ser.
Dulce: Eu vou tomar um banho! – se levantou e entrou no banheiro.
Pensamento de Christopher: Pequena, você ta me matando aos poucos! – sentiu uma lágrima escorrer por seu rosto.
Ele ficou sentado na cama, encarando a porta enquanto se lembrava quando ele e Dulce tomavam banho junto, brincando e se amando de baixo do chuveiro. Suspirou sentindo falta disso. Ele se levantou e foi à cozinha falar com Guadalupe.
Christopher ficou um tempo falando com Guadalupe e ao voltar para o quarto, encontrou Dulce apenas de lingerie, passando hidratante no corpo. Ele congelou com aquela cena e o pior de tudo era saber que ela não o desejava mais como ele a desejava.
Ao acordar, ele percebeu o volume em sua cueca e foi correndo para o banho, antes que ela percebesse.
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