[Blanca] Chris eu espero que você entenda.
[Christopher] Entendo sim, dona Blanca, mas saiba que a Sra. não nos incomoda. Mas se quiser ficar aqui tudo bem.
[Blanca] Obrigada Chris. Acho que Guadalupe também não iria gostar de se mudar.
[Christopher] Então vocês duas podem ficar aqui. Mas vamos fazer o seguinte. Não vamos mais falar disso até eu e a Dul voltarmos da viagem certo? Iremos mudar apenas se acharmos uma casa ideal senão não.
[Blanca] Ok.
[Christopher] Agora deixe eu ir lá falar com ela.
Ele se levantou, beijou as mãos da sogra e foi para o quarto, onde Dulce via TV irritada.
[Christopher] Você não deveria ter brigado com a sua mãe por causa de uma besteira dessas Dul.
[Dulce] Besteira? Ela não quer ir morar com a gente Chris.
[Christopher] Dul a sua mãe gosta daqui. Não que ela nos atrapalhe, mas vai ser legal se termos a casa só pra nós. Não acha?
[Dulce] Você não gosta que ela more conosco?
[Christopher] Não é isso que eu estou dizendo. Olha você ama a sua mãe e eu também a adoro, mas nos casamos para montar a nossa família, o nosso lar. Não que ela não faça parte da família, mas a gente tem que criar a nossa história Dul. E além do mais, teríamos mais privacidade para fazer o que a gente quiser e aonde quiser. (sorriu malicioso, fazendo-a sorrir). Mas olha pequena, ainda não temos a casa, então só iremos voltar a falar nisso quando voltarmos de Cancun para procurarmos uma ok?
[Dulce] Ta.
Christopher lhe beijou os lábios e alguém bateu na porta, antes de entrar correndo.
[Dulce] Filha.
[Ana Laura] Cheguei!
Sentou na cama, ao lado da mãe.
Christopher] Onde você estava?
[Ana Laura] Brincando com a Lupe no quarto.
Dulce beijou a filha e pediu licença para Christopher, para poderem ver TV. Ela pegou o controle e colocou num canal de desenhos, fazendo os olhinhos da filha brilharem ao ver “As Meninas Super Poderosas”.
[Christopher] Mas você gosta desse desenho, hein meu anjo?
[Ana Laura] Sim. Eu sou a Florzinha e a mamãe é a Lindinha.
[Christopher] Concordo, sua mãe é lindinha. (Dulce, sorrindo, lhe mostrou a língua, fazendo-o rir). Mas e eu?
[Ana Laura] Você é a Docinho. (disse rindo marota).
[Christopher] Ta me chamando de menina danadinha?
Ana Laura não respondeu, apenas continuou rindo.
[Christopher] Não eu sou aquele cara ali. (apontou para TV).
[Ana Laura] O Professor.
[Christopher] O que ele faz?
[Ana Laura] Ele que criou elas e o Macaco Louco também.
[Christopher] Ah então o cara é inteligente. É bem a minha cara.
[Dulce] Convencido!
[Ana Laura] É.
Ele riu.
[Christopher] Filha olha só. (se ajeitou na cama, ficando ao lado da menina). O papai e a mamãe vão viajar semana que vem. Vamos na segunda e voltamos no outro domingo e você vai ficar com a vovô e com a Lupe, ta?
[Ana Laura] Eu não posso ir junto?
[Dulce] Não meu anjo. É uma viagem de casal. (acariciou o rostinho dela, vendo o beiço que ela fazia). Mas é só uma semaninha.
[Christopher] É. E a gente vai trazer um presente pra você.
Logo os olhinhos dela brilharam, enquanto abria um sorriso.
[Ana Laura] Bem grandão né mamãe?
[Dulce] (riu). É.
[Christopher] Mas só se você se comportar ouviu?
[Ana Laura] Prometo que vou.
[Christopher] Então ta combinado. (beijou a cabecinha dela).
Eles ficaram mais um tempo vendo TV e brincando, até que, um pouco antes da hora de jantar, Dulce foi conversar com a mãe, para pedir desculpa pelo comportamento. Elas se abraçaram e todos foram jantar.
Sexta-feira chegou, o dia em Dulce que saberia a verdade. Pela manhã, Dulce passou no laboratório e pegou o resultado do exame, mas não o abriu, como lhe havia pediu Dr. Puentes. Nervosa e ansiosa, pegou Maite no trabalho e foram direto para o consultório dele, para que o obstetra lhe dissesse.
As duas estavam no escritório do Dr. Puentes, em frente a ele que lia o resultado com a testa franzida. Dulce sentia seu estomago dar voltas e voltas e Maite apertava as mãos, que já estavam suadas. Por que ele estava demorando tanto? Será que era para deixá-las cada vez mais ansiosas?
[Dulce] E então? (perguntou).
[Dr.Puentes] É o exame confirmou a minha maior suspeita. Parabéns Dulce. Você está grávida!
Maite deu um grito aliviado, mas Dulce não emitiu som algum. Estava em choque. Grávida? De não tinha como saber em dois dias, de quantas semanas? Lágrimas começaram a rolar por seu rosto, enquanto seu coração voltava a bater acelerado. Ela e Christopher teriam outro filho!
[Dulce] De quanto tem? (perguntou com um sorriso emocionado).
[Dr. Puentes] Um mês e meio, querida.
[Dulce] O quê? (perguntou perplexa). Como doutor? Eu comecei a ter os sintomas essa semana.
[Dr.Puentes] Isso acontece com muitas mulheres queridas. Tem mulheres que descobrem a gravidez no terceiro mês, quando a barriga começa a aparecer. Mas você tem que dar graças a Deus que os sintomas começaram a aparecer agora. (riu). Dulcevocê está bem? (perguntou ao ver o rosto dela pálido).
Antes que pudesse responder, Dulce não vira mais nada.
Ao abrir os olhos, Dulce viu tudo embaçado e tentou sentar-se, mas alguém a impedira. Onde estava?
[Maite] Dul você está bem?
[Dr. Puentes] Dulce a Sra. está bem?
Reconhecendo as vozes deles, ela logo se lembrara de tudo.
[Dulce] Eu to grávida!
[Maite] Sim está amiga! (disse abrindo um sorriso).
Dulce a olhou e sorriu junto, enquanto voltava a chorar.
[Dulce] Meu Deus estou tão feliz!
[Dr.Puentes] Cuidado para não desmaiar de novo Dulce!
[Dulce] Oh Carlos muito obrigada!
[Dr.Puentes] Oh querida você não tem o que agradecer! Isso é mérito seu e do seu marido.
Elas saíram do consultório meia hora depois, para que Dulce estivesse melhor para dirigir.
[Dulce] May liga pra Any e avisa ela que estou passando lá para pega-la. (disse com um sorrisão).
Céus, ainda não conseguia acreditar!
[Maite] Mas por quê?
[Dulce] Nós vamos ao shopping para comprar umas roupas pra minha viagem semana que vem.
[Maite] Mas e o trabalho Dul?
[Dulce] Liga pro escritório e avisa que não vamos retornar. Diz pro teu assistente cuidar de tudo.
[Maite] Ta.
Maite pegou o celular e ligou primeiro para a empresa. Depois ligou para Any.
[Maite] Ela vai se arrumar. (disse desligando o celular).
[Dulce] Ta.
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