terça-feira, 29 de abril de 2014
Capítulo 40-História '' Vondy Meio-Irmãos''
Dulce resolveu tomar um banho e assim fez. Ao sair do banheiro, deu de cara com Anahi e Maite em seu quarto.
— Suas loucas, o que estão fazendo, aqui?
— Viemos te visitar, amor! — Anahí me abraçou e susurrou em meu ouvido: "Como esta meu afilhadinho?"
— Está ótimo e é sempre ótimo ter vocês aqui! — A ruiva sorriu, foi até o ármario, pegou uma roupa para vestir e entrou no banheiro. Se arrumou e depois de uns cinco minutos saiu de lá. — Estou pronta, vamos dar uma voltinha, meninas?
— Claro! — Maite se levantou, puxando sua calça, Dulce riu do que a amiga fez e elas saíram da casa.
— May, precisamos conversar, sabia?
— Sobre o que, quer conversar? — Maite puxou um cigarro do bolso e quando iria o acender com o esqueiro, Dulce o jogou no chão. — Dulce, sua louca!
— Louca você, o que é isso Maite?!
— Eu só o faço ás vezes, ok? Não precisa de tanto drama.
— Isso Dul, dá uma bronca nela, porque ela não me ouve! — Anahí disse nervosa! — Depois que terminou com Christian está assim, toda maluca, roqueirinha, aquela menina doce, sumiu.
— Ela morreu isso sim e não toque no nome desse cretino!
— A um tempão que não o vejo.
— É, parece que ele sofreu com essa separação. Parece não, ele sofreu. Foi para a casa do avô paterno, na Espanha.
— Nossa! Mas ele vai voltar?
— Pelo que o Poncho disse, vai sim.
— Eu não quero o ver nem pintado de ouro! Ele me tornou isso que sou hoje!
— May, não vale a pena ficar se remoendo! Você pode pintar as unhas de preto, virar uma roqueira de carteirinha, mas eu não irei suportar minha amiga fumando, ou até se prejudicando por causa de um relacionamento mau sucedido.
— Aí ok,ok,ok!
Elas foram andando até uma praça e sentaram no banquinho que tinha por lá. Dulce via crianças correndo e brincando. Começou a imaginar seu futuro filho assim e as lágrimas vieram novamente a assombrar.
— O que houve Dul? — Perguntou Anahi.
— Aí meninas, eu imagino meu filho assim sabe. — As duas assentiram. — Hoje entramos em um assunto sobre bebês que vem antes da hora. Eu, Christopher, mamãe e Victor. Percebi que minha mãe não vai me apoiar, ela não vai querer que eu crie essa criança, ela falou várias no jantar e disse que se eu engravidasse, como aconteceu, ela mandaria eu abortar. — Dulce já chorava intensamente.
— Dulce meu anjo, com todo respeito, essa sua mãezinha é uma bruxa! E não importa o que ela diga, sempre vamos estar aqui, você não precisa dela! — Maite disse, a abraçando de lado.
— Nisso eu tenho que concordar com a morena, vamos sempre estar aqui!
Dulce sorriu.
— O que seria de mim sem vocês?
— Não seria nada! — Anahi disse fazendo as outras duas rirem.
Quando eram nove e meia Dulce resolveu ir para sua casa. Se despediu de suas amigas e seguiu para a sua casa. Ao chegar, viu que todos estavam dormindo. Foi para seu quarto e viu que Christopher estava lá.
— Ainda acordado? — Ela disse, tirando seus chinelos.
— Lhe esperando.
— Hum.
Dulce trocou sua roupa, colocando uma camisola. Se sentou na frente de Christopher e resolveu conversar com ele.
— Chris, eu estou muito nervosa.
— O que houve?
— Você presenciou a conversa no jantar, você sabe muito bem o que houve!
— Dulce, quando ela não estiver aqui, eu irei estar. Ok, que mãe é mãe, mas vamos enfrentar isso juntos. Nós vamos assumir, a criança não tem culpa.
— Mas o que faremos Christopher? Dois adolescentes, sem nem ter para onde ir!
— Não pense assim, pense positivo, eu já vou começar a trabalhar na empresa, vamos ter teto e sustento.
— Você não acha que irá ficar lá depois que eles descobrirem né?! — Ele assentiu. — Amor, como você é ingênuo. — Ela o abraçou bem forte. — Eu não quero me separar nunca de você! E quando minha barriga começar a crescer?!
— Eu vou estar aqui.
— Eu sei que vai, ao seu lado eu me sinto protegida, amada, você tem esse poder.
— Com certeza, existe um lugar, onde poderemos viver livre dessa sociedade de merda! Só eu, você e nossa filha.
— Existe amor, existe! Mas agora só me abraça!
Eles se abraçaram bem forte mais uma vez. Deram um selinho demorado e dormiram de conchinha.
Dois meses haviam passado...
A barriguinha de Dulce já ia aparecendo. Ela escondia com roupas largas e casacos. Já havia completado dezesseis anos. E sua filhinha estava com três meses. Seu irmão ou irmã também estava quase nascendo. Estava cada vez mais nervosa com o rumo que as coisas estavam tomando, já tinha data certa, para contar que estava grávida. Sempre passava na casa de Christopher.
O tão esperado dia chegou... Não passava de hoje, eles contariam que Dulce estava grávida. Estavam todos reunidos na sala.
Blanca já estava nervosa de curiosidade!
— O que é que vocês tem para nos contar? — Ela perguntou ansiosa.
— Mamãe, é que... — Dulce começou a esfregar os olhos. Christopher pegou em sua mão e apertou.
— Pai, Blanca, eu e a Dulce estamos tendo um caso e não para por aí, ela está esperando um filho meu.
Blanca olhou para a filha incrédula, com os olhos brilhando de ódio, ela chorava intensamente e Dulce não ficava para trás, chorava também.
— Você desgraçou minha vida, Dulce María! — A mulher soluçou. — Maldita hora que eu coloquei você no mundo! Eu te odeio! Odeio! — Dulce chorava intensamente e já sentia o sangue, descer pelas suas pernas. — E você não fica para trás garoto! Isso é abuso de menores! Você vai para a cadeia!
Christopher aceitava tudo de cabeça baixa, seu pai não falava nada, tentava apenas processar tudo o que acontecia. Dulce acabou desmaiando e Christopher a pegou nos braços.
— Tomara que perda essa criança! — Blanca espreguejou.
— Eu já perdi minha paciência! Cala essa boca e leve suas pragas junto! Ela não é uma desgraça! Me xinga, diz tudo de pior de mim! Mas não vai mexer com a Dulce e minha filha!
Ele bateu a porta com Dulce em seu colo. A colocou dentro do carro e eles seguiram para o hospital. Na rodovia estava um engarrafamento tremendo e cada vez mais Dul perdia sangue. Christopher já chorava nervoso. O celular de Dulce tocou e ele atendeu.
— Alô. — Ele disse com a voz embargada.
— Christopher? O que houve com a Dulce? O que está acontecendo? — Disparou Maite nervosa.
— Agora não dá para explicar, mas a Dulce está perdendo muito sangue. — Ele soluçou. — Ela pode perder nossa filha!
— Eu vou seguir para o hospital central, estão indo para lá né?
— Sim.
— Ok, encontro vocês lá!
Depois de uma hora, acabou o engarrafamento. As lágrimas de Christopher desciam de seus olhos, queimando sua face. Ele adentrou nervoso no hospital, correndo com Dulce nos braços.
— Atendimento, por favor! Ela está grávida!
Todos no hospital de mobilizaram, logo chegaram com uma maca e a colocaram lá.
— Realizaremos todos os procedimentos, o senhor fique calmo!
Enquando isso na casa dos pais de Dulce e Christopher:
— Blanca se acalma, isso não vai resolver nada! Eu irei apoiar meu filho, quem nunca errou? E eles não são irmãos! — Victor gritou se impondo.
— Você não está vendo? Esses dois estão nos separando! — Ela caiu no choro. — Dulce María Espinoza Saviñón não é mais minha filha! É uma qualquer, se deitou com o próprio meio-irmão! Eu odeio minha própria filha!
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