Em entrevista exclusiva, a cantora mexicana comenta responsabilidade em ser um espelho para os mais jovens, foge de polêmicas e trata o sexo com naturalidade. Confira a entrevista exclusiva que Dulce María concedeu para a revista Via Imprensa:
Dulce, obrigado por receber a equipe da revista Via Imprensa no Brasil. Essa é uma edição que trata a sexualidade com bastante ênfase. Você participou de uma serie que atingiu um público muito jovem, que já havia ou iniciava a vida sexual. Todas essas meninas ainda acompanham sua vida pessoal e profissional e te seguem de alguma forma. Como é para você ser um espelho para pessoas tão jovens em uma fase tão complicada para os pais ?
É uma responsabilidade. As pessoas podem ver em mim um espelho, como você disse, então trato de dar bons exemplos e conselhos sobre como vivo minha vida.
Esse é um assunto que, muitas vezes, incomoda, mas é necessário até pelas doenças sexualmente transmissíveis. E falta de aulas de educação sexual. E a Dulce, o que ela pensa sobre sexo?
Tem que haver abertura de informações para prevenir enfermidades e gravidez não desejadas. Muita gente lida com isso como se fosse um jogo. Não é assim. É algo sério e muito forte, com muita energia e que não se pode levar dessa forma. Que tenham consciência, se informem, se cuidem e façam com muita responsabilidade.
Em um entrevista para um canal de televisão brasileiro, você afirmou que não pousaria nua. Isso se deve pelo fato de você não gostar ou por não querer prejudicar sua imagem perante o público mais jovem que conquistou?
Não teria problema fazer fotos sexy, mas sem roupa nunca. Sexy sim. O problema é que pela responsabilidade com que tenho com esses fãs mais jovens e crianças que me seguem, e também pelo contexto destas revistas, não gosto. Promovem algo que não estou de acordo e, por isso, não faço.
Você afirmou inclusive participou de campanhas contra, que já sofreu bullying. Nesta edição, comentamos também sobre o homossexualismo e a união entre pessoas do mesmo sexo que muitas vezes são vítimas de bullying. Comente sobre o seu caso e como o México atualmente, lida com questões ligadas a homossexualidade?
Eu prefiro não me meter neste caso. Respeito muito todas as pessoas por igual e sem discriminar, mas não opino muito. Acredito que sempre pode ser discriminado por algo, seja o que for e não simplesmente por alguém que você não gosta. Mas todos somos iguais e temos os mesmos direitos de sermos tratados como seres humanos. Em geral, no mundo, falta mais abertura. Não saberia lhe dizer como está o México neste aspecto porque, neste meio (da música), é mais aberto e mais aceito, mas há sociedades que não.
Uma das canções que compôs, chamada “Ampulheta” no Brasil, foi utilizada para uma campanha contra o câncer de mama. Essa é uma preocupação particular?
Era, sobretudo, a vontade de conscientizar as pessoas de que se pode prevenir. Se vai ao médico a tempo e faz os exames, é possível evitar mortes porque há cura do câncer de mama. Graças a essas campanhas, tem reduzido muito o número de mortes por essa enfermidade. Perde-se o tabu e o medo de passar por exames. Em caso de positivo. Não é sinônimo de morte.
Você já revelou que ficou com um brasileiro em Nova Iorque. O que é preciso fazer ou ser para conquistar Dulce María?
Não fiquei (risos). Ele era uma pessoa muito querida, apenas o conheci e não passou mais que isso. Acredito que para me conquistar é preciso ser apenas você mesmo e a química natural que acontece entre as pessoas.
Já são quase 20 anos de carreira, com trabalhos em diversos segmentos, da música ao cinema. Era isso que a pequena Dulce, quando começou sua carreira, sonhava?
Quando comecei era muito pequena. Ainda não tinha consciência do que eu iria ser. Era algo normal para mim, como ir para a escola. Quando eu tinha 15 anos é que me dei conta sobre a minha carreira, e por isso, comecei a focar na música, a compor e escrever. Vi que era isso que mais gostava. E definitivamente cheguei mais longe do que eu pensei um dia.
Você vem ao Brasil para divulgar seu novo trabalho. O que o público pode esperar?
É um disco muito diferente com canções pops e outros mais latinas, mas na sua maioria com letras mais maduras e divertidas para dançar. É um disco que gosto muito e que me sinto muito orgulhosa.
Dulce, para finalizar, gostaria que enviasse um recado para os seus fãs.
Diga a eles que os amo muito e estarei novamente no Brasil em setembro com shows em São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Fortaleza e Rio de Janeiro. Oxalá que se abra mais datas, mas espero eles por lá para que possamos nos conhecer. Obrigada por me apoiar e por todo carinho de me dão.
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