Ela ficou vendo TV mas como aquela idéia não saia mesmo de sua cabeça e Christopher não aparecia, resolveu ligar para Jack. Pegou o telefone e ao sentar novamente no sofá, ouviu o barulho de chaves e logo viu Christopher entrando no apartamento.
Christopher: Ta acordada? – trancando a porta.
Dulce: To! – largou o telefone no sofá.
Christopher se aproximou do sofá e viu o telefone ao lado da amada.
Christopher: Ia ligar para mim?
Dulce: Não... para o Jack! – séria.
Pensamento de Christopher: Meu Deus!
Christopher: Pa...para o Jack? Por quê?
Dulce: Você disse que estava lá... eu só queria saber se você ia demorar muito! – mentiu.
Christopher: Hm... mas já to aqui! – sentou ao lado dela.
Dulce: Christopher me diz uma coisa... – olhou-o.
Christopher: O quê? – olhando-a.
Dulce: Você estava mesmo no Jack? – desconfiada.
Christopher: Ta...tava, por...por quê? – nervoso.
Dulce: Só para saber! – não acreditou e voltou sua atenção para a TV.
Christopher: Ta com ciúmes? – sorriu e acariciou a bochecha dela.
Dulce: Só to cuidando do que é meu! – indiferente. Se levantou do sofá e foi para o quarto.
Pensamento de Christopher: Dai-me paciência, Deus... por favor! – com as mãos no rosto e a cabeça encostada no sofá.
Ele se levantou e também foi para o quarto, onde encontrou Dulce entrando no banho. Ele tirou a roupa, ficando só de cueca, sentou na cama e ligou a TV.
Dulce saiu do banho enrolada numa toalha, pegou a camisola e voltou para o banho, onde se arrumou e saiu depois de uns 30 minutos.
Christopher: Não ta com fome? – vendo-a sentar ao seu lado.
Dulce: Um pouco por quê?
Christopher: Eu também to! Quer comer alguma coisa?
Dulce: O que tem para comer?
Christopher: Hmm... – pensando – não sei! Que tal pedirmos uma pizza?
Dulce: Pode ser!
Christopher: Vou fazer o pedido! – se levantou da cama e foi em direção a porta, mas parou enfrente a mesma – Muzzarela e frango? – Dulce assentiu com a cabeça – Ta... já volto! – e saiu.
Após fazer o pedido, ele voltou para o quarto.
Christopher: Pronto! – sentou ao lado dela.
Dulce: Chris eu andei pensando: agora que perdi o bebê, não tem porque eu ficar morando aqui!
Christopher: O quê? – gritou – Não acredito que você ta falando isso! – incrédulo.
Dulce: Por quê? – impressionada com a reação dele.
Christopher: Você acha que eu convidei você para morar aqui só por causa do nosso filho?
Dulce: E não foi?
Christopher: É óbvio que não Dulce! – balançou a cabeça em sentido de negação, pois não acreditava que ela havia dito aquilo – Você vai continuar morando aqui... principalmente enquanto não melhora!
Dulce: Não melhora do quê?
Christopher: De nada... de nada! – pegou o controle e pôs em um outro canal, tentando manter a atenção nisso.
Ela também olhou para a TV, mas pensava no que ele havia dito.
Pensamento de Dulce: Enquanto não melhora? Do quê?
Eles não falaram mais nada, apenas assistiam TV. Christopher começara a perceber que ela realmente precisava de um psicólogo. Talvez só ele tiraria essas coisas malucas da cabeça dela. Já Dulce ficava pensando no que ele quis dizer com aquilo e se fez certo ao fazer amor com ele por... pena! Essa foi a única palavra que ela conseguiu descrever o que sentiu, mas a achava muito forte e pesada para usar num assunto que envolvia Christopher.
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