Continuaram assim até que ouviram o barulho do interfone. Christopher se levantou e foi até a sala, onde pegou o interfone e disse que o entregador poderia subir. Dulce foi atrás dele e arrumou a mesa para jantarem. Logo depois, o entregador tocou a campainha. Christopher pegou a pizza e foi à cozinha.
Christopher: Muzzarela ou frango? – cortando a pizza em fatias.
Dulce: Hm, pode ser frango! – ele a serviu – Obrigada!
Christopher também se serviu de frango e logo serviu os dois de Coca.
Christopher: Vai trabalhar amanhã?
Dulce: Não sei acho que não! Por quê?
Christopher: Porque ah, esquece! – tomou um gole do refrigerante.
Dulce: Você acha que eu to muito tempo em casa é isso?
Christopher: Que bom que você sabe!
Dulce: Eu me sinto bem ok? Só assim eu me sinto bem!
Christopher: Nem quando a gente fez amor você se sentiu bem? – olhando-a nos olhos, esperando aquela resposta que tiraria sua dúvida.
Dulce, ao olhá-lo nos olhos daquela forma, sentiu um frio na barriga.
Pensamento de Dulce: E agora?
Dulce: Er... er... er... é diferente! – olhou para pizza.
Christopher a olhou chateado e voltou a comer.
Pensamento de Christopher: Eu sabia! Pena, Dulce? Pena de mim? Jamais esperei isso de você, pequena!
Rapidamente sentiu seus olhos se encherem de lágrimas e, percebendo que não conseguiria segurá-las, se levantou.
Christopher: Perdi a fome! – e saiu da cozinha.
Dulce percebeu a voz embargada dele e se ligou que ele havia percebido que ela havia mentido. Sentiu-se a pior pessoa do mundo por fazer isso com ele, mas o medo de perdê-lo foi tão grande, que nem pensou no que ele poderia sentir ao descobrir. Chorando silenciosamente, terminou o seu jantar. Tirou os pratos da mesa, pôs a pizza na geladeira e voltou para o quarto.
No quarto:
Ao entrar, Dulce avistou Christopher vendo TV com os olhos vermelhos. Ela abaixou a cabeça envergonhada e sentou ao lado dele, ainda com o olhar baixo.
Christopher: Eu vou dormir no quarto de hóspedes! – pegando o travesseiro e se levantou.
Dulce: Por quê? – olhou-o, ainda com os olhos encharcados.
Christopher: Não quero que caia na tentação de, novamente, fazer amor comigo por pena! – disse andando em direção a porta, onde saiu logo após terminar de falar.
Ao vê-lo desaparecer pela porta, se encolheu na cama e voltou a chorar, pensando no quanto terrível era.
Dulce: Eu te amo bebê! – sussurrou em meio a choros.
No quarto de hóspedes:
Quando saiu do quarto, Christopher deixou outras lágrimas caírem e logo entrou no quarto de hóspedes, onde se deitou na cama, deixando mais lágrimas caírem.
Pensamento de Christopher: Minha pequena por quê? Eu te amo tanto, faço de tudo para que fique bem e, a cada dia, você me mata mais e mais! Por quê?
Logo o sono o venceu e ele adormeceu.
No outro dia, Christopher levou um susto ao acordar, pois viu Dulce sentada ao seu lado, olhando-o. Ele percebeu que ela chorara a noite inteira, por isso ficou preocupado, mas a dor que sentia falou mais alto e não pode deixar essa preocupação transparecer.
Christopher: O que você quer? – abrindo os olhos com dificuldade, pois eles também estavam inchados.
Dulce: Me perdoa? – olhando-o nos olhos semi-abertos.
Christopher sentou na cama, coçando os olhos e ficou quieto, apenas olhando os próprios pés por cima da coberta.
Já com a visão “recuperada” ele a olhou, mas continuou quieto.
Dulce: Me perdoa? Sim ou não?
Christopher: Não sei, Dulce!
Ela se aproximou mais dele e segurou suas mãos.
Dulce: Chris, eu te amo... muito! Mas...
Christopher: Então o que foi aquilo? Por que fez amor comigo por pena? POR PENA, Dulce... POR PENA! – sentindo seus olhos novamente encharcados.
Dulce: Por medo de te perder! – chorando – Eu sei que fui a pior pessoa do mundo ao fazer isso, mas o medo de te perder falou mais alto. Eu preciso de você, Christopher... eu preciso de você! Só você para me aturar desse jeito! Eu sei que, sem você, eu poderia afundar mais! Eu te amo, Chris... te amo muito! – chorava segurando o rosto dele com as duas mãos. Christopher também chorava – Me perdoa, por favor! – uniu suas testas.
Christopher ficou quieto, apenas chorando. Dulce estava angustiada, pois queria, PRECISAVA ouvir aquele “sim” e, ouvindo apenas a respiração e os choros dele, o beijou. Dulce o segurava com força, transmitindo a necessidade que tinha em ficar com ele e não permitindo resistência da parte dele.
No começo, Christopher correspondeu sem muita vontade, mas depois correspondeu com todo o amor que sentia, segurando-a pela cintura. Se beijaram até perderem o fôlego.
Dulce: Eu te amo! – com sua testa colada a dele.
Christopher: Eu também! – Dulce acariciou a bochecha dele – Promete para mim que você nunca mais vai fazer isso de novo... por favor!
Dulce: Prometo... prometo! – roçando a ponta de seu nariz no dele.
Christopher: Se você não quiser fazer amor, me diz... eu vou te esperar... SEMPRE!
Dulce: Te amo! – deu um selinho demorado nele.
Christopher deitou e a deitou em seu peito. Assim ficaram até às 10:45, quando ouviram a campainha tocar.
Dulce: Deve ser a May pedi para ela vir aqui hoje de manhã! – sentando na cama.
Christopher: É? Vou lá abrir! – se levantou e foi correndo.
Pensamento de Christopher: Vou pedir para ela!
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