No hospital...
Maite estava consolando Christopher, ela tentava se manter forte, porém ao mesmo tempo chorava junto dele. Depois de algum tempo um médico chegou, para dizer como Dulce passava.
— Parentes da senhorita Saviñón?
— Eu! — Christopher levantou o braço e foi na direção do mesmo, sendo acompanhado por Maite.
— Então, a senhorita perdeu muito sangue e infelizmente acabou perdendo o bebê! Ela não está em uma situação muito crítica, vomitou bastante e o desmaio fez sua pressão abaixar. Agora ela está dormindo, mas um dos dois, pode ficar como acompanhante.
— Fica você Chris, porém diz que eu mandei um beijo e que eu lamento. Quando puder venho e trago Annie comigo.
— Tudo bem, obrigado Maite. — Eles se abraçaram.
— Não há de que. Estou sempre aí, para o que precisar é só chamar.
Ele sorriu e ela retribuiu o sorriso. Christopher entrou na sala e viu Dulce dormindo como um anjo. Depositou um leve beijo em sua boca e continuou a observando. Logo um filme passou por toda a sua cabeça, a primeira vez que a viu até a primeira vez dos dois e as lágrimas já queimavam toda sua face.
Ele estava muito triste, porém muito feliz! Dul estava ali, mesmo a filhinha deles não estando, pelo menos sobrou uma!
Com certeza Blanca não iria aceitar Dulce naquela casa e certamente Victor iria pela cabeça dela, tirando o apartamento de Christopher para ele ficar abandonado por aí junto com Dulce! Sim, Blanca é desse jeito. Não pode ser nem chamada de mãe e monstro é apelido.
“Dulce, o mundo inteiro pode estar contra nós, porém eu sei que estará ao meu lado e eu sempre estarei ao seu.” - Pensou Christopher, acariciando de leve o rosto da mesma.
Ele se sentou na poltrona que tinha ali e riu lembrando ás muitas vezes que Dulce sentou ali, quando acontecia algo com ele. Estava tão pensativo que nem tinha percebido que a mesma havia acordado.
— Christopher?
— Oi.
— Você me odeia, né?
— Se eu te odeio?! Nunca mais diga isso! Eu te amo mais do que minha própria vida!
— Mas seu sonho sempre foi ter um filho e eu não consegui, nem carregar uma criança em meu ventre, por nove meses!
— Shii! Isso não é importante, o importante é que você está bem!
Dulce entrelaçou seus dedos nos de Christopher e eles ficaram conversando.
— A minha mãe não irá mais me aceitar em casa!
— Ainda tem meu apartamento.
— Seu pai vai lhe tirar de lá, você sabe que ele vai sempre pela cabeça dela.
— A esperança é a última que morre, né?
— Ah, não sei não!
— Você está chateada com as palavras dela, né?
— Óbvio! Ela me ofendeu demais!
— Mas não fica se preocupando com ela,ok?
— Ok.
— Estou com medo de olhar na cara dela novamente.
— Dul ela não vai te fazer nada, eu já disse que estou aqui.
— Mesmo assim! Eu fico nervosa, néh?
— É... Aí eu ainda não estou acreditando, nós nem pudemos ver o rostinho. — Dulce chorou.
— Não vamos ficar pensando nisso.
— Ok, ok..
1 semana depois ...
Ao contrário do que pensavam Victor não apoiou Blanca. Dulce começou a morar com Christopher, no apartamento dele. Era muito estranho para ambos agora "viverem juntos", mas era bom. Dulce havia acabado de sair do colégio e foi direto para a casa.
— Oi, Christopher! — Ela disse chegando dando um selinho no mesmo.
— Oi, como foi na prova?
— Fui bem, eu estudei demais!
— Está certa! Daqui a uns dias já vou começar a trabalhar na empresa do papai.
— Ótimo! — Dulce suspirou. — Tem notícias da mamãe?
— Não. Ela não quer nem olhar na nossa cara, queria me colocar na cadeia.
— Nossa! Eu lembro!
— Eu odeio lembrar daquele dia!
— Você não é o único. — Dulce trocou de roupa. — Mas mesmo assim, eu perdoo ela por tudo.
— Você perdoa pois tem um coração de ouro, ela não merece seu perdão.
— Mesmo assim, ela é minha mãe, fazer, o que? — Dulce foi em direção a cozinha e colocou sua comida.
— Ah, quer saber? Tem que perdoar mesmo, vai que ela disse na hora da raiva?
Dulce foi com seu prato nas mãos, se sentando no sofá ao lado de Christopher.
— Ela é muito orgulhosa! Se eu não falar com ela, ela não fala comigo e nem me pede perdão.
— Vocês que se entendam!
— Vamos nos entender!
— Vamos assistir um filme?
— Aí, sempre fazemos isso Christopher! — Ela pausou. — E eu esqueci de dizer, sabe com quem eu esbarrei no elevador?
— Quem?
— Belinda. Ela me metralhou com os olhos.
— Ué, mas por que?
— Porque ela ainda te ama.
— Ela nem sabe que estamos juntos, quase ninguém sabe!
— Mesmo assim, ela não vai com a minha cara. Acho que ela está morando nesse prédio agora.
— Hum..
— Não se faça de bobo Christopher, pois isso você não é! Não quero olhando nem pro dedo mindinho dela, a ignore!
— Ok ciumenta!
— Não é ciúmes?
— Não?
— Não!
— É o que então?
— Egoismo! O que é meu, não é de mais ninguém, não divido nem empresto.
— Eu sou assim também!
— Hahaha, par perfeito!
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