domingo, 20 de abril de 2014

REVIEW: Sin Fronteras – brilhante, imprescindível, perfeito!

A atriz e cantora mexicana Dulce María promociona por estes dias seu mais recente trabalho musical, o segundo trás o fim do fenômeno mundial RBD. Agora busca repetir o éxito obtido com as duas partes de Extranjera, o mesmo álbum que a converteu na primeira mexicana em obter Disco de Platina no Brasil.

Sin Fronteras é o nome deste novo trabalho que põe a Dulce María novamente não somente no cenário musical latino como também no olho da crítica a nível internacional. O disco está composto por onze canções, nas quais inclui um cover de Coti e duetos com Julión Álvarez, Frankie J, Pambo e Naty Botero. Além disso, a versão digital contém uma versão em português do tema Antes que ver el Sol, junto com Manu Gavassi e um bônus track intitulado En Contra.

Coti, os mexicanos Carlos Lara e Janette Chao, o brasileiro Dudu Borges e o equatoriano Daniel Betancourt foram os encarregados de produzir este álbum. O resultado são sons que vão desde balada até o pop latino, passando pelo regional mexicano, da anterior mescla de nacionalidades e sons nasce Sin Fronteras.

Agora bem, ter pertencido ao maior fenômeno musical à nível mundial da década anterior e estar precedido por um trabalho exitoso (Extranjera), se espera muito de Sin Fronteras. E ainda que o trabalho foi duro, Dulce María o conseguiu.

Sin Fronteras resulta ser uma joia, um respiro. Brilhante, maduro, imprescindível, moderno, impossível de classificar: perfeito. Nele, Dulce olha para o futuro sem renunciar aos seus princípios musicais e mostra que quer construir seu próprio espaço e que a fórmula para fazê-lo e não morrer tentando é ir sem pressa. O maravilhoso do disco não são as letras, nem as melodias, nem os duetos: é TUDO.

Agora bem, ao ter o disco em minhas mãos e escutar cada um dos temas que integram é impossível entrar no jogo do eterno dilema existencial sobre qual tema é melhor que o outro, sobretudo tendo em conta que ainda não se escolheu o terceiro single, e é queDulce deixou o cabo solto pois fez o que todo cantor deveria fazer em cada trabalho: reinventar a quem escutamos, mas não com algazarras, e sim com o dilema exposto anteriormente. É muito difícil?

O fato é que cada um dos onze temas de Sin Fronteras tem muito o que dizer. Si Tu Supieras nos surpreende com um som inicial que invoca o pop latino e a parte do coro surpreende com uma mescla de música regional mexicana. Lágrimas (junto comJulión Álvarez) representa sem dúvidas a quota de sentimento mexicano do disco.Antes Que Ver el Sol demonstra que nem todos os covers são ruins, esta nova versão é moderna, explosiva e brilhante e ainda que pareça irônico, autêntica.

A balada Te Quedarás resulta em ser o tema mais forte e demolidor do disco, sem dúvidas o ponto mais alto do amadurecimento musical de Dulce María, é um tema desgarra-dor, que move as entranhas e desarma até um coração de pedra, além disso, excelente interpretação de Frankie J. Tomara se escute como terceiro single.

Na canção Corazón en Pausa, a melodia inicial nos lembra aos discos de vinil, isto junto à voz da intérprete a convertem em um dos melhores temas do álbum. Em Después de hoy, por exemplo, nos estrelamos com uma canção “de cantiga”, uma canção de taças, de amor mal satisfeito, um tema monstruoso, no melhor sentido da expressão. Sem dúvidas, junto a Te Quedarás, funcionaria como single.

Outra balada corta pulsos é Yo Si Quería, a canção de maior duração neste trabalho. Aqui se reflete a qualidade interpretativa de Dulce, junto a uma letra que sem dúvida fará vários chorar. Em contraste, Cementerio de Los Corazones Rotos, O Lo Haces Tú o Lo Hago Yo e Girando en un Tacón representam as raízes do pop latino dentro do disco, um pop maduro, alegre e contemporâneo.

O álbum encerra com Shots de Amor, em colaboração com Pambo e a irreverente cantora colombiana Naty Botero, um tema pop bastante movido, que destila magnetismo e sensualidade ainda sem ter um vídeo que o demonstre.

Para encerrar esta crítica, Sin Fronteras estreou ontem, quinta-feira, no sexto lugar doLatin Pop Albums de Billboard, a tão somente uma semana de sua estreia, superando De Película de Gloria Trevi e Solo para Mujeres de Ricardo Arjona.


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