sexta-feira, 25 de abril de 2014

Capítulo 21- História '' Vondy Meio-Irmãos''



Ficamos até tarde conversando e assistindo televisão. Quando finalmente resolvemos dormir, eu sabia que tinha que contar e não me arrependeria depois. Eram meia noite e meia.

— Ah Chris e eu tenho que te falar uma coisa..

— Fala.

— Eu não quero apressar as coisas entre nós, você sabe que eu ainda sou.. v-virgem.

— Tudo bem. — ele sorriu.

Eu dormi bem rápido. Meu sonho foi a coisa mais linda do mundo. Eu estava grávida de Christopher, grávida de um menino. E claro nós tinhamos a criança e ele crescia. E nós os levavamos pra passear, ficavámos correndo atrás de um garotinho lindo.

Pena que era só um sonho, acordei toda dolorida e morrendo de frio, na madrugada. Eu chegava a tremer. Fui chamar Christopher e pedir para ele abaixar o ar ou me dar uma coberta. Ele simplesmente me ignorou. Toquei mais uma vez seus ombros, eles estavam quentes e Chris em um sono profundo.

Ele estava encolhido em uma ponta e eu não pensei duas vezes, deitei do seu lado, me encolhendo também. Aquilo para ambos estava desconfortável, ele virou contra mim e eu me aproximei mais para conseguirmos nos encaixar e ter uma pose confortável.

Acordei com sua respiração pesada em meu rosto. Eu estava com as mãos em seu peito e abraçada dele. Seu braço estava em minha cintura. Juro que queria poderia ficar naquela posição até o fim dos meus dias, eu não iria cansar.

Fechei os olhos mais uma vez e meu sono veio de volta. Apertei mais Chris contra mim. Acordei ás duas horas da tarde, com o mesmo me observando.

— Cansou do colchão? — ele disse

— Eu estava tremendo de frio, você nem mesmo me escutou, apenas virou e eu me deitei.

— Ah sim, você sabe que eu tenho o sono muito pesado. — ele sorriu

Sentei na cama esfregando meus olhos.


O telefone tocou no mesmo instante. Christopher foi correndo atender. Ele demorou uns dez minutos e depois veio me contar a bomba.

— Dul era da delegacia, parece que acharam o suspeito de tentativa de estrupo. Vamos ter que comparecer lá. — ele pausou — agora!

— Você já esperava essa ligação?

— Sim, eles ligaram da primeira vez você estava dormindo.

Christopher já foi se arrumando, procurando roupa e eu continuava sonolenta jogada na cama.

— Cadê minha mãe?

— Na academia.

— Ah é.

— Dulce, meu Deus! Levanta, se apressa!

— Ih espera.

— Vai você sozinho, eu só fico lá de enfeite mesmo.

— Enfeite por que você quer! Vamos logo!

— Acordo e não sou nem agradada, já recebo sermão! — fiz cara de triste dobrando o lábio inferior  e Christopher riu e me deu um selinho. Eu pisquei e ele já estava pronto, vestido, penteado.

— Nossa! 

— Você dormiu sentada, menina! Vá se vestir Dul, é sério.

— Ai ok, ok, ok papai.

Ele sorriu, aquele sorriso que só ele sabe dar. E eu sorri de orelha a orelha de volta. Me vesti bem rápido, não tomei banho e só passei uma escova no cabelo e escovei os dentes. Depois de uns dez minutos voltei.

— Demorou séculos!

— Séculos não, só dez minutos, agora vamos apressadinho.  

Entrelaçamos nossos braços e fomos. Passamos pela porta e Bolas! Minha mãe estava lá parada!

— Onde estão indo meninos?

Nos entre olhamos e ficamos sem saber o que dizer. 

Coloquei a mão na cintura e tive uma ideia. 

— Mamãe o que faz aqui, devia estar fazendo seus exercícios, eu vou dar uma volta com Christopher beijo. — falei bem rápido e sai antes que ela falasse algo, eu e Christopher chegamos rapidamente na delegacia, eu não prestei muito a atenção em tudo, logo fomos reconhecer o bandidinho, tinham o capturado em tentativa de furto, era ele mesmo.

Suspirei aliviada, por aquilo ter ganhado um fim. Saimos da delegacia e entramos no carro.

— Graças a Deus tudo acabou.

—  É, eu também queria um fim para isso a muito tempo.

—  Mas vamos parar de pensar em coisas ruins, vamos pensar em coisas boas, vamos pra casa da mãe do seu pai no natal, a vó Clarinha é uma fofa, eu adoro ela.

—  Eu também gosto muito da minha vó. —  ele olhou para mim e sorriu

— Acho que ano novo vamos passar lá também né? Naquelas praias boas, comendo bolos.

— Dul, você só pensa em comer.

—  É, eu costumo dizer que estou magra de ruim. —  rimos.

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