sábado, 26 de abril de 2014

Capítulo 30-História ''Vondy Meio-Irmãos''



— Ah tudo bem, mas mesmo assim né, eu tenho minha opinião e a filha tem que seguir a cabeça da mãe.

— Mãe eu tomo minhas próprias decisões desde os meus dez anos, não é não, entenda poxa!

Tomei café rapidamente e subi para o meu quarto. Fiquei trocando mensagens com Christian e fazendo planos para meu aniversário. Umas quatro e meia minha mãe veio me chamar.

— Minha filha, vamos ao shopping?

— Ah, mãe, hoje não, estou meio desanimada.

— Por que anjo? Desculpe, eu não quero te pressionar.

— Não foi por nada que você disse, eu não quero muito ir, mas eu sei que você tem bom gosto, traz roupas lindas para mim, sapatos e bolsas.

— Tudo bem. — ela riu

— Ah e não esqueça de trazer um hamburguer.

— Ok. — ela riu mais uma vez.

Coloquei meus fones de ouvido e fiquei ouvindo 30 seconds to mars, Paramore e Demi Lovato. Acabei caindo no sono, despertei com alguém tirando meu fone.

— Dul filha.

— Oi mamãe.

— Festa! Ela pegou as bolsas e jogou para o alto, minha mãe sempre fora assim, meio louca e me fazendo sempre rir. Roupas perfeitas, jogadas no chão, sapatos, saltos, bolsas, tantas coisas.

— Falimos?

— Não, né. Trouxe muitas coisas.

— Dá pra ver, aí obrigada mamãe.

— Não tem de que. Eu vou falar com a minha amiga Aline.

— Eles voltaram mesmo para a cidade né?

— É e o nosso mais novo vizinho é o Xavier.

— Nossa! Tomara que aquela obsessão dele tenha passado!

— Era coisa de criança meu amor, vou lá com o Victor.

— Ok.

Ri da situação e fiquei catando as roupas do chão e organizando tudo em meu ármario. Olhei para trás e tomei um grande susto, Christopher estava me observando.

— Seu louco! — disse séria. — quer me matar do coração?

— Ah amor, desculpa. — ele riu e nós nos beijamos.

— Eu tenho uma novidade.

— Qual?

— Eu já estava cansado de não poder te beijar, fazer o que quero, viver largado. — rimos. — Enfim, então..

— Então...

— Eu vou morar sozinho Dul, de aluguel, olha que máximo!

— Máximo?! — senti meu coração desmoronar.

— Não gostou?

— Ainda pergunta?! Christopher como vamos manter nossa relação?

— Dulce María não seja dramática! Você é minha meia - irmã, pode me visitar sempre e eu não morarei muito longe, morarei naqueles prédios perto do seu colégio.

— Mesmo assim!

— Dul, você sempre será bem vinda lá em casa, óbvio e nós somos meios irmãos, o que tem de mal?

— Não somos completamente normais.  — eu ri já calma.

— Mesmo assim, ninguém imagina, só nós sabemos.

— Vamos nos aproveitar da situação?

— Certo.

— Aí, só você mesmo pra fazer e me meter nessas loucuras.

Ele riu e nos beijamos novamente.

Enquanto nos beijávamos eu acariciava suas costas e ele meus ombros.

— Como é sua nova casaamor?

— Um apartamento. Não muito grande, porém dá para o gasto. Tem um quarto, uma sala, enfim...maior que uma kitnet.

— Ah, então está bom.

— Já pode levar roupas, sapatos, para lá, pode dormir lá..

— Claro né, nós somos irmãos. — ri maliciosa.

— Óbvio, nada de mal nisso! — ele retribuiu o sorriso, da mesma forma.

— Mas agora, vem cá, que eu quero ficar mais com você, aproveitar mais. — o puxei pela nuca.

Iniciamos outro beijo, parece que só isso que sabemos fazer. Christopher é uma metade de mim, sem ele eu não seria nada. Agora que ele entrou, não pode mais sair de minha vida! Sua língua acariciava a minha o tempo todo e percorria cada recanto de minha boca. Aquele gosto viciante, bom...Ah como Chris beija bem!

— Tá sabendo quem é nosso vizinho?

— Sim e nem me lembre!

— Xavier.

— Espero que ele tenha esquecido aquela obsessão por mim, porque meu Deus.

— Ah, sua mãe diz que sim né, então, sei lá, espero que sim, se não teremos problemas.

— Ele só pode me desejar, mas você me tem, quantas vezes eu vou ter que dizer isso?

— Eu sei, mas eu sempre vou ter ciúmes anjo. Você é tão linda, perfeita, graciosa, desejável. — nós rimos.

— Não me ilude, eu não sou tudo isso.

— Vou te comprar um espelho, você é linda amor.

— Eu que devia ter ciúmes.

— E você tem, eu sei que você se morde.

— Convencido.

— Mas não é?!

— É, mas mesmo assim, mulher isso é normal, mas não tem problema, eu confio em você e me garanto.

— Isso aê ruivinha.

— Ah eu vou ser grata eternamente a aquela chuva, aquele dia...

— Nosso primeiro beijo.

— Óbvio, como esquecer?

— Foi um dia perfeito, mas você me magoou tanto.

— Ah, mas mesmo assim, eu te amo e me arrependo, tanto.

— Eu sei meu amor, mas eu te perdoou. Te amo demais também.

— Sabia que somos alma gêmea?

— Você é doidinho Chris! — disse rindo.

— Não sou nada. Espera aqui.

Logo depois ele voltou com um violão na mão e começou a cantarolar.

— Vou para a parte que eu gosto.

" Mas talvez

você não entenda

essa coisa de fazer o mundo

acreditar

que meu amor

não será passageiro

te amarei de janeiro a janeiro

até o mundo acabar

até o mundo acabar

até o mundo acabar "

— Seu fofo! Eu já disse que te amo?

— Já. — ele sorriu

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