terça-feira, 29 de abril de 2014

Capítulo 38-História ''Vondy Meio-Irmãos''



Narradora:

O tempo passava cada vez mais rápido. Em um piscar de olhos, já era outro dia. Já haviam passado semanas, Dulce estava com um mês de gestação. Nervosa, com medo dos pais descobrirem, mas ao mesmo tempo era maravilhosa a experiência de ser mãe.

Em uma sexta feira, ás 16:30, Dulce estava deitada, descansando um pouco. Passava a mão na barriga e imaginava uma criança ali, como se ela sentisse o carinho. Foi desperta de seus pensamentos com sua mãe entrando no quarto.

— Oi minha querida. — Sua mãe disse sorridente, se sentando no puff que tinha pelo quarto.

— Oi mamãe. — Dulce se sentou na cama e retribuiu o sorriso.

— Minha filha, você não sai mais desse quarto, está tristinha?

— Eu tristinha? — A ruiva riu e sua mãe assentiu. — Que isso mamãe, é só cansaço mesmo, eu estou bem e a senhora?

— Bem também. Faz tempo que não conversamos.

— É mesmo.

— Vou ver se chamo seu irmão, para jantar aqui, conosco. Pra te animar um pouquinho.

Dulce riu, sua mãe fazia o possível para ver ela sorrindo e feliz, mesmo ela já estando. Queria ser uma mãe assim para seu filho ou filha.

— Tudo bem mamãe, chame o Chris mesmo, faz um tempinho que não vejo ele.

— Ok. Vou ficar lá em baixo, qualquer coisa já sabe né?

— Ok. — Dulce deu uma risadinha e abriu a porta de seu quarto, dando passagem para sua mãe.

Deitou-se na cama e novamente mergulhou dentro de seus pensamentos.

Christopher acabara de acordar de um pesadelo. Um pesadelo horrendo. Era Dulce morrendo no parto de seu filho e levando a criança junto.

— Aí meu Deus! Isso é um sinal que esse pesadelo, nunca, NUNCA, irá acontecer! — Ele suspirou pesado e ligou o ventilador no máximo, estava pingando de suor. Depois de se refrescar um pouco na frente do ventilador, resolveu tomar um banho.

Ligou o chuveiro e tomou um banho bem gelado! Depois enrolou uma toalha na cintura e quando se preparava para se vestir, o telefone tocou. Foi para a sala e atendeu.

— Alô.

— Uckerzinhoooooo! — gritava a histérica Blanca do outro lado da linha. O mesmo riu depois desse mini escandâlo.

— Oi! — ele disse com ironia.

— Queremos lhe convidar, para um jantarzinho aqui em casa, só a família, o que acha?

— Acho ótimo, que horas?

— Já pode vir agora!

— Nossa, ok então!

— A sua irmã está meio tristinha, não sei o que houve, só anda cansada, quietinha...

— Deve ser só cansaço mesmo.

— Ah, mas mesmo assim, vem pra animar ela!

— Já tenho uma ideia que vai deixar ela super contente! — ele riu malicioso.

— Ok, agora vou desligar, venha logo!

Christopher colocou o telefone no gancho e se arrumou. Colocaria sua "ideia" em prática quando chegasse, não quando chegasse, mas quando tivesse a oportunidade, com Dulce. Ele entrou tão afoito no elevador que esbarrou em uma moça. Que não era uma simples moça.

— Perdão. — Ele disse pegando a bolsa da moça, que havia caído no chão.

— Não se preocupe, eu também estou tão distraída. — Depois de ouvir aquela voz, Christopher a olhou e não acreditou no que via na sua frente.

Belinda:


— Belinda?

— Christopher! Nossa! — ela o abraçou e o mesmo correspondeu. — Quanto tempo!

— É mesmo! O que faz por aqui?

— Vou morar nesse prédio agora. Não sabia que o encontraria por aqui.

— Seja bem vinda. Eu moro aqui.

— Saiu da casa de seu pai?

— Sim.

— Bom para você! Crescer um pouco, né. — Ela disse, sorrindo, tentando puxar assunto.

— Você sumiu, por onde estava?

— Depois da nossa separação eu fiquei muito chateada, passei um tempo na fazenda do meu avô, pensei em tudo, coloquei tudo a limpo na minha cabeça e voltei. Estou com uma decisão formada do que quero para mim!

— Bom! — A porta do elevador se abriu. — Agora vou indo, foi legal te ver.

— Igualmente. — Ela sorriu.

Assim que Christopher saiu do elevador Belinda deu pulos de alegria! Pulos e mais pulos! Não estava acreditando, no que acabara de acontecer! A vida é mesmo uma caixinha de surpresas.

" Christopher, meu grande amor! Isso é coisa dos Deuses, destino! É para nós ficarmos juntos, passar o resto da vida juntos. Minha decisão é lutar pelo seu amor. Lutar até o fim! Até o fim! E sei que vou conseguir, você vai me amar, assim como eu te amo! " - Belinda pensou.

Christopher pegou seu carro e seguiu para a casa de seu pai. Estava um engarrafamento tremendo! Ficou contando carneirinhos, para o tempo passar. Fazia tudo, mas depois de bastante tempo, o engarrafamento acabou. Ele chegou ás seis e dez.

— Chris, você chegou tarde! — Blanca disse, lhe dando um abraço e dois beijos na bochecha.

— Engarrafamentos!

— Sei como é! — Disse seu pai fazendo o mesmo que sua esposa.

O mesmo subiu as escadas e ficou parado na porta de Dulce. Deu duas batidinhas na porta.

— Será que posso entrar?

— Chris! — A mesma foi correndo em sua direção, correndo em seu colo. — Que saudades! — Disse enchendo seu rosto de beijos.

— Somos dois! Estava morrendo de saudades da minha ruiva! — Ele apertou o bumbum de Dulce e ela as suas bochechas.

Dulce desceu do colo de Christopher. Estava com o cabelo em um coque mal feito, com um casaquinho e com um short jeans curto. Segurando uma lata de leite condensado e se deliciando.

— Já está comendo besteira, né?

— Como resistir? — Ela respondeu rindo.

— Que saudades, que saudades! — Ele abraçou ela e apertou mais contra si.

Blanca entrou no quarto e sorriu inocente, ao ver aquela cena.

— Meninos, daqui a pouco o jantar vai estar na mesa!

— Ok mamãe.

— Ok.

— Que bom ver esse sorriso Dulce! — Foi agora mesmo que ela sorriu.

— Era saudades do meu irmão, mamãe. — Dulce o abraçou de lado e Blanca sorriu.

Blanca saiu do quarto de Dulce, com um sorriso vitorioso. Dulce ficou conversando com Christopher no quarto, em meio de brincadeiras e risadas.

— Dulce e como está minha princesa?

— Chris se for um menininho, ele vai se ofender!

— Não é um menino, o que eu já te disse? — Christopher afirmou, confiante e Dulce balançou a cabeça negativamente.

— Agora você tem uma bola de cristal né? — Ela disse rindo.

— Engraçadinha. — O mesmo disse, beijando a ruiva.

Dulce deu dois tapinhas no ombro dele, que ficou sem entender, nada.

— Christopher, está louco? — Ele continuou a olhando confuso. — A porta está aberta, podem nos ver! 

— Aff Dul, eles estão ocupados lá em baixo, relaxa!

— Você tem uns probleminhas, sabia? — Ela sorriu e eles iniciaram um beijo calmo e apaixonado. Quando o ar lhes faltava eles encerraram o beijo. 

— Viu, como ninguém apareceu? — Chris disse sorrindo. 

— Aí mas vamos mudar de assunto! Você não sabe quem eu encontrei!

— Quem? — Christopher perguntou, mesmo já imaginando a resposta.

— Belinda! Ela está de volta na cidade! — Dulce disse, com um ar enciumado.


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