"Mas estava decidido: Agora eu seria frio como inverno, duro como uma rocha. E estava mais decidido ainda sobre esquecer Roberta, e encontrar um novo amor." -Diego Bustamante.
NARRADOR:
Hoje começava as aulas no Elite Way School, Roberta acordou cedo junto com Josy e Lupita, e logo estavam arrumadas.
POV ROBERTA:
Lembram uma vez que eu falei "essa Lupita se fazia muito de santinha, não curto pessoas assim. Mas eu a mudaria." Isso ainda não saiu da minha mente, assim como ainda não saiu da minha mente o por quê de terem me mudado, e também não entendi até hoje "cuidado para não se misturar com o grupo errado." Hoje sem falta perguntaria para Mia.
Enfim, fui para sala e a aula era de física, super amo! Mentira! Odeio! Diego era da minha sala e ficamos trocando olhares o tempo todo, a vontade que eu tinha era de levantar e ir beijá-lo, mas acho que isso daria uma bela suspensão.
POV DIEGO:
Assim que acabou as aulas fui para sinuca. Não aguentava mais estudar e olha que ainda era segunda.
Tomás chegou para mim do nada interrompendo a partida e falou:
–Diego, esse é o Francisco, pode chamar de Zico, ele é novo e vai ser do nosso quarto.
–Prazer, Diego Bustamante.
–Bustamante? Cara, minha mãe é super fã do seu pai! Não deixa uma vez de votar nele e ainda indica para os vizinhos também votarem.
–Que bom, mas não fala do meu pai por aqui, ok?
Nesse momento, Roberta chegou.
–Oi Dieguinho!
POV ROBERTA:
Vi um desconhecido na minha frente, sei que ainda não tinha muitos dias na escola para conhecer todos, mas aquela cara eu nunca vi...
–Quem é esse?
Aquele garoto olhou para mim e estendeu sua mão:
–Francisco mas pode me chamar de Zico, prazer.
–Roberta Pardo, prazer. -Apertei sua mão, e ele lhe beijou.
–Encantado.
POV DIEGO:
Já não gostei dele de cara, e agora ele faz isso com a minha ruiva? Eu tinha que tirá-la dali.
–Roberta, acabei de lembrar que temos que entregar o trabalho sobre o amor.
–É verdade! Tchau Zico!
Fomos para biblioteca, mas eu havia me dado conta que Roberta tinha pisado e eu ainda não havia feito de novo. Mas o inspetor Estevão chegou na hora.
POV ROBERTA:
Quando entrei na sala vi a folha que eu pisei ainda no chão, e isso me fez lembrar tudo que Diego tinha me falado. E eu ainda dei confiança para ele todos esses dias... O inspetor estava lá pedindo para entregar o trabalho.
–Cadê os trabalhos, jovens?
E lembrar cada palavra que ele me disse me fez ter um ódio dele muito grande!
–Inspetor, eu fiz a parte do amor, mas a parte que era para ele fazer ele não fez... Olha, tá até no chão, ele deve ter dado aqueles ataques e começou a pisar, rasgar, sei lá, mas a minha parte eu fiz, então tchauzinho.
POV DIEGO:
Por que? Por que Roberta falou aquilo? E o beijo de ontem, e quando ela me cuidou? Ela não lembra?
–Bustamante, vem comigo para tomar uma advertência.
POV ROBERTA:
Quando saí furiosa da biblioteca dei de cara com Zico, e os livros que estavam equilibrados no braço dele caiu no chão.
–Perdão Zico!
–Tudo bem...
Ajudei ele a catar cada livro.
–Perdão, eu sou muito desastrada.
–Tudo bem, Roberta... Você pode me dizer aonde é o quarto 4m?
–Claro, vem comigo.
Mostrei para ele aonde era, e era o quarto de Diego.
–Você vai conviver com dois garotos muito metidos e falsos, cuidado.
–Me considero blindado.
–Você vai precisar de muita blindagem, hahah.
Lembrei que tinha que falar com Mia, então me despedi:
–Tenho que ir agora, beijinhos.
Fui até o quarto de Mia e ela estava lá retocando a maquiagem.
–Mia?
–Oi!
–Me explica uma coisa...
–Fala.
–Quando eu e você nos conhecemos, você disse para eu ter cuidado para não me misturar no grupo errado. O que você quis dizer com isso?
–Você tá aqui há dois dias e ainda não sabe?
–Não...
–Aqui tem grupo para tudo. O grupo de patricinhas, mauricinhos, nerd's, esportistas, e tudo. Mas em cada grupo há alguém da seita.
–O que seria essa seita?
–São grupos de estudantes que fazem mal a alunos que não vão com a cara, ou que são bolsistas, bolsistas principalmente.
–E por que fazem mal?
–Pra pessoa se sentir ofendida e querer sair do colégio, quanto menos bolsistas e pessoas que não suportam, melhor.
–E... No grupo de patricinhas, quem faz parte? E no de mauricinhos? E no dos esportivos?
–Não posso te falar nada, Roberta.
–Como não? Claro que pode.
–Eu descobri isso sozinha, você também pode.
–Tá, e por que eu mudei de quarto de repente?
–Alguém da seita quis te tirar, é óbvio.
–Mas quem?
–Eu não sei...
POV DIEGO:
Depois de tomar uma bela advertência, fui em busca de Roberta, ela tinha que me esclarecer o porque disso. Cheguei no quarto dela, ela estava sozinha.
–Roberta!
Fui até ela, e comecei a chacoalha-la.
–Me solta, tá maluco?
–Por que você fez aquilo?
Joguei-a na cama e fiquei por cima dela.
–Vai me bater?
–Não, mas eu queria.
–Então bate.
Eu ia me aproximando para beijá-la.
–Não me beija, e sai de cima de mim ou então eu começo a gritar.
Saí de cima dela, e tentei ter uma conversa formal.
–Roberta, por que você tá assim?
–Eu tô normal, eu tô como eu deveria estar com você desde o começo.
–Mas por que?
–Não tem por que, agora sai do meu quarto e sai da minha vida, não quero mais você aqui, Diego.. Sai!
Saí. Mas estava decidido: Agora eu seria frio como inverno, duro como uma rocha. E estava mais decidido ainda sobre esquecer Roberta, e encontrar um novo amor.
POV ROBERTA:
Me doía cada palavra que eu dizia para Diego, mas o que eu podia fazer? Não podia permanecer com alguém que me machucava tanto. Peguei a mesma folha que um dia havia escrito uma parte de uma música para ele.
Sei que fui ingênua e me senti
Pendurando borboletas no céu
E hoje eu estou tentando voltar para o chão
Fui ingênua e voltei a você, meu ar
E hoje a vida é um deserto
Por te amar de coração aberto
Tentarei reconstruir minha paz
Queimar seus beijos, não olhar para trás
Te dei o meu oxigênio, minha voz, fiz um mundo para dois
Você me fez acreditar em você
E depois você disse adeus...
Nenhum comentário:
Postar um comentário