quinta-feira, 1 de maio de 2014

Capítulo 6-História ''Tu Amor''

"Mas estava decidido: Agora eu seria frio como inverno, duro como uma rocha. E estava mais decidido ainda sobre esquecer Roberta, e encontrar um novo amor." -Diego Bustamante.

NARRADOR:

Hoje começava as aulas no Elite Way School, Roberta acordou cedo junto com Josy e Lupita, e logo estavam arrumadas.

POV ROBERTA:

Lembram uma vez que eu falei "essa Lupita se fazia muito de santinha, não curto pessoas assim. Mas eu a mudaria." Isso ainda não saiu da minha mente, assim como ainda não saiu da minha mente o por quê de terem me mudado, e também não entendi até hoje "cuidado para não se misturar com o grupo errado." Hoje sem falta perguntaria para Mia.

Enfim, fui para sala e a aula era de física, super amo! Mentira! Odeio! Diego era da minha sala e ficamos trocando olhares o tempo todo, a vontade que eu tinha era de levantar e ir beijá-lo, mas acho que isso daria uma bela suspensão.

POV DIEGO:

Assim que acabou as aulas fui para sinuca. Não aguentava mais estudar e olha que ainda era segunda.

Tomás chegou para mim do nada interrompendo a partida e falou:

–Diego, esse é o Francisco, pode chamar de Zico, ele é novo e vai ser do nosso quarto.



–Prazer, Diego Bustamante.

–Bustamante? Cara, minha mãe é super fã do seu pai! Não deixa uma vez de votar nele e ainda indica para os vizinhos também votarem.

–Que bom, mas não fala do meu pai por aqui, ok?

Nesse momento, Roberta chegou.

–Oi Dieguinho!

POV ROBERTA:

Vi um desconhecido na minha frente, sei que ainda não tinha muitos dias na escola para conhecer todos, mas aquela cara eu nunca vi...

–Quem é esse?

Aquele garoto olhou para mim e estendeu sua mão:

–Francisco mas pode me chamar de Zico, prazer.

–Roberta Pardo, prazer. -Apertei sua mão, e ele lhe beijou.

–Encantado.

POV DIEGO:

Já não gostei dele de cara, e agora ele faz isso com a minha ruiva? Eu tinha que tirá-la dali.

–Roberta, acabei de lembrar que temos que entregar o trabalho sobre o amor.

–É verdade! Tchau Zico!

Fomos para biblioteca, mas eu havia me dado conta que Roberta tinha pisado e eu ainda não havia feito de novo. Mas o inspetor Estevão chegou na hora.

POV ROBERTA:

Quando entrei na sala vi a folha que eu pisei ainda no chão, e isso me fez lembrar tudo que Diego tinha me falado. E eu ainda dei confiança para ele todos esses dias... O inspetor estava lá pedindo para entregar o trabalho.

–Cadê os trabalhos, jovens?

E lembrar cada palavra que ele me disse me fez ter um ódio dele muito grande!

–Inspetor, eu fiz a parte do amor, mas a parte que era para ele fazer ele não fez... Olha, tá até no chão, ele deve ter dado aqueles ataques e começou a pisar, rasgar, sei lá, mas a minha parte eu fiz, então tchauzinho.

POV DIEGO:

Por que? Por que Roberta falou aquilo? E o beijo de ontem, e quando ela me cuidou? Ela não lembra?

–Bustamante, vem comigo para tomar uma advertência.

POV ROBERTA:

Quando saí furiosa da biblioteca dei de cara com Zico, e os livros que estavam equilibrados no braço dele caiu no chão.

–Perdão Zico!

–Tudo bem...

Ajudei ele a catar cada livro.

–Perdão, eu sou muito desastrada.

–Tudo bem, Roberta... Você pode me dizer aonde é o quarto 4m?

–Claro, vem comigo.

Mostrei para ele aonde era, e era o quarto de Diego.

–Você vai conviver com dois garotos muito metidos e falsos, cuidado.

–Me considero blindado.

–Você vai precisar de muita blindagem, hahah.

Lembrei que tinha que falar com Mia, então me despedi:

–Tenho que ir agora, beijinhos.

Fui até o quarto de Mia e ela estava lá retocando a maquiagem.

–Mia?

–Oi!

–Me explica uma coisa...

–Fala.

–Quando eu e você nos conhecemos, você disse para eu ter cuidado para não me misturar no grupo errado. O que você quis dizer com isso?

–Você tá aqui há dois dias e ainda não sabe?

–Não...

–Aqui tem grupo para tudo. O grupo de patricinhas, mauricinhos, nerd's, esportistas, e tudo. Mas em cada grupo há alguém da seita.

–O que seria essa seita?

–São grupos de estudantes que fazem mal a alunos que não vão com a cara, ou que são bolsistas, bolsistas principalmente.

–E por que fazem mal?

–Pra pessoa se sentir ofendida e querer sair do colégio, quanto menos bolsistas e pessoas que não suportam, melhor.

–E... No grupo de patricinhas, quem faz parte? E no de mauricinhos? E no dos esportivos?

–Não posso te falar nada, Roberta.

–Como não? Claro que pode.

–Eu descobri isso sozinha, você também pode.

–Tá, e por que eu mudei de quarto de repente?

–Alguém da seita quis te tirar, é óbvio.

–Mas quem?

–Eu não sei...

POV DIEGO:

Depois de tomar uma bela advertência, fui em busca de Roberta, ela tinha que me esclarecer o porque disso. Cheguei no quarto dela, ela estava sozinha.

–Roberta!

Fui até ela, e comecei a chacoalha-la.

–Me solta, tá maluco?

–Por que você fez aquilo?

Joguei-a na cama e fiquei por cima dela.

–Vai me bater?

–Não, mas eu queria.

–Então bate.

Eu ia me aproximando para beijá-la.

–Não me beija, e sai de cima de mim ou então eu começo a gritar.

Saí de cima dela, e tentei ter uma conversa formal.

–Roberta, por que você tá assim?

–Eu tô normal, eu tô como eu deveria estar com você desde o começo.

–Mas por que?

–Não tem por que, agora sai do meu quarto e sai da minha vida, não quero mais você aqui, Diego.. Sai!

Saí. Mas estava decidido: Agora eu seria frio como inverno, duro como uma rocha. E estava mais decidido ainda sobre esquecer Roberta, e encontrar um novo amor.

POV ROBERTA:

Me doía cada palavra que eu dizia para Diego, mas o que eu podia fazer? Não podia permanecer com alguém que me machucava tanto. Peguei a mesma folha que um dia havia escrito uma parte de uma música para ele.

Sei que fui ingênua e me senti

Pendurando borboletas no céu

E hoje eu estou tentando voltar para o chão

Fui ingênua e voltei a você, meu ar

E hoje a vida é um deserto

Por te amar de coração aberto

Tentarei reconstruir minha paz

Queimar seus beijos, não olhar para trás

Te dei o meu oxigênio, minha voz, fiz um mundo para dois

Você me fez acreditar em você

E depois você disse adeus...


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