Sentei ao seu lado e peguei sua mão. Christopher olhava no fundo dos meus olhos e eu fazia a mesma coisa. O encarei por mais alguns minutos e murmurei: — Acho que merecemos uma chance. Logo depois de um dizer, um sorriso torto surgiu em seu rosto. Ele sussurou em meu ouvido: — Eu sabia que você iria considerar.
Nos levantamos e nos abraçamos. Era um abraço diferente, eu não sabia explicar, era apenas diferente. Ficamos um tempo abraçados e depois nos separamos, apenas ficando com as testas coladas.
— Eu to com fome. — eu disse e ele riu
— É sério, eu estou com muita fome, o que tem aqui?
— Como você tá com essa cintura de vareta?
— Está me chamando de magrela? — me separei dele
— Ah Dul não, você é perfeita.
— Eu sei. — beijei meu ombro e rimos
Ficamos mais um tempo conversando e depois descemos, minha barriga doía demais.
— Chris é sério, eu estou com muita fome!
— Não tem nada aqui Dulce!
— Vamos almoçar fora, sei lá!
Trocamos de roupa e entramos no carro.
— Já decidiu sua vida senhorita, o que você quer?
— Se for de comer serve!
— Você tem preferência de algum local?
— Sempre Mc donald`s.
— Criança! — ele riu.
Pedimos pelo drive thru mesmo e comemos no carro. Tinhamos tantos assuntos, começava em um e terminava em outro ou melhor nunca terminava. Era uma química única só de nós dois.
— Hoje vai começar a nova novela da globo.
— É né, sua mãe que sempre vê.
— Seu pai também! — rimos — vai ser com o lindo do Guilherme Leicam.
— É e vai ser com aquela menina também né?
— Que menina?
— Aquela bonita, que tem um corpão a Bruna Marquezine.
Dei um tapa noseu ombro e fiz bico.
— Ué vai lá ficar com ela.
Ele riu e disse perto do meu ouvido : — Não eu prefiro ruivas. — aquilo me arrepiou
— Mesmo assim, ela é melhor que qualquer ruiva junta!
— Viu como é ruim?
— O que é ruim?
— Esses comentárioszinhos, eu não estou interessado em saber que você o acha Lindo — ele imitou minha voz ao pronunciar lindo e eu ri.
— Então desculpa.
— Desculpada.
— Nossa, desculpada assim, sem nenhum presentinho?
— Nossa hein sua interesseira, como eu posso lhe pagar?
— Com uma coisa que eu não tenho á dias.
— Hum.. — ele se fez de pensativo, Chris é ruim. Logo depois ri desse meu "Chris é ruim". — Seja mais específica.
— Não se faz de bobo! — Ele iria ficar com esse joguinho então parti para a ação e o beijei. Quando estávamos quase nos separando ele aprofundou o beijo. Entrelacei meus braços em seu pescoço enquanto ele apertava minha cintura.
Ficamos ainda um tempo nos beijando mas é sempre culpa do maldito ar. Ficamos ainda nos encarando esperando as respirações normalizarem. O beijo de Christopher era algo viciante, doce, mas não tão doce ao mesmo tempo, era algo inexplicável. E esse nosso beijo não foi apenas um beijo, foi uma entrega de almas. Sorrimos ao mesmo tempo. Tudo estava perfeito mais uma vez, quando o celular nos atrapalhou.
— É sempre ele! — eu disse e depois rimos
Peguei o celular e vi que estava "Mãe" no visor, o que será que minha mãe queria?
— Oi mãe... É, eu acho que vocês deveriam aproveitar mais... Essa sua preocupação, mamãe não somos criancinhas, não vamos queimar a mãozinha no fogo! ... Já. Arroz, feijão e frango. ... Mãe relaxa ok?... Beijos, também te amo.
— Arroz, feijão e frango?
— Sim, foi o que nós almoçamos hoje, ela disse que ficou preocupada com a gente e tudo mais, que logo logo virá embora, enfim.
— Agora que a gente se acerta vem a tia Blanca cortar nosso barato?
— Sua sogra é dessas.
Rimos e iniciamos outro beijo. Esse foi um pouco mais rápido pois ouviamos as buzinas ao nosso redor. Me pendurei na janela e gritei: — A mamãe me ensinou que devemos esperar!
E Chris pisou fundo no acelerador. Depois ficamos rindo, mas eu não sou obrigada a ficar parando de beijar só porque eles querem! Que baixaria é essa?
Quando chegamos em casa Christopher se jogou no sofá e eu me joguei em cima dele.
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