Depois que minha mãe dormiu, fiquei pensando um pouco no que ela disse. Não era justo ela não saber dessas coisas, mas eu não posso contar. Não agora. Eles só vêem Christopher como meu meio irmão e para mim ele é mais que isso. Dormi em meus pensamentos. Acordei com Anahi mexendo em cabelo.
— Dul, acorda, já está tudo arrumado, falta só você levantar.
Esfreguei os olhos e me sentei na cama.
— Você já está aqui?
— Sim, já são cinco horas da tarde.
— Meu Deus, eu dormi tanto assim?
— Dormiu, mas agora, anda, vamos!
— Ok.
Me olhei no espelho e prendi meu cabelo em um coque bagunçado. E segui com Anahi para a casa da mesma.
— Dul, eu tenho uma bomba bombástica pra te contar!
— Fala.
— May brigou com Christian.
— Mas por quê poxa?
— Ciúmes.
— Ciúmes?
— É. Da parte dele.
— Nossa, mas eles sempre foram tão fofos e tão juntos.
— Ela está lá em casa também, mas você tem de ver como ela está. Eles brigaram sábado passado, por isso nem a vemos mais nas aulas e tudo mais.
— Coitada da May, ela precisa de mais do nosso apoio.
Chegamos a casa de Annie, cumprimentei sua mãe que estava na cozinha lavando a louça e subi. Entrei no quarto de Anahí e dei de cara com Maite, acabada, com os cabelos curtos, olhos inchados, chorando, com fones no ouvido. Quando a vi naquele estado abri os braços e ela me abraçou.
— May não fica assim anjo. — eu disse
— Eu vou tentar. — Ela limpou ás lágrimas com as costas das mãos.
— Troxe a Dul para você ficar feliz amiga, hoje ela vai dormir aqui! — Disse Anahí sorrindo.
— Obrigada meninas. — Maite se sentou na poltrona que tinha ao lado da cama e tirou os fones de ouvido.
— May me explica essa situação, por que vocês brigaram?
— Simplesmente, por ciúmes. Ele quis revirar meu celular e eu disse que não, ficamos um puxando da mão do outro e ele jogou o celular contra a parede. Depois começamos a discutir ele me chamou de nomes horríveis e eu também o xinguei. Sabe? E aquelas palavras dele ainda estão me machucando.
— Não fica assim, ambos estavam de cabeça quente, não vale a pena. Vocês se gostam tanto.
— É, eu vou tentar.
— Cortou o cabelo?
— Sim, no nervosismo descontei nele. Depois que a Annie acertou para mim.
— Nossa! — pausei e a observei. — Mas você ficou até mais bonita.
— Obrigada. — ela sorriu com os olhos brilhando.
— Porém vamos mudar assunto. — disse Anahi.
— É e eu tenho uma coisa para contar a vocês.
— O que?
— Amanhã eu vou visitar o Christopher no apartamento dele e... Sei lá... Eu acho que vamos..
— Vão? — perguntou Anahi.
— Acho que sim, eu estou pronta. — Anahi me olhou incrédula e começou a bater palminhas.
— Amiga, vai virar mulher! E antes de mim e da Annie.
— Eu acho, eu não sei.
— Dul é isso mesmo que você quer? — disse Anahí.
— Sim.
— Então temos que te ajudar, porque eu sei que você é totalmente nova nesse assunto.
— É e eu vou ajudar, sou a mais velha! — Disse Maite se animando.
— Me ajudar como?
— Ajudar para tudo certo.
Continuamos conversando, Anahi é uma louca de carteirinha e May tentava se distrair um pouco. Logo depois de tudo resolvido, ficamos assistindo televisão.
— Eu quero ver os simpsons!
— Não, vamos ver as meninas superpoderosas!
— Vocês estão parecendo duas crianças! — Maite pegou o controle. — Vamos assistir a pantera cor de rosa.
— Viu Dulce María?! Culpa sua! Quero ver as meninas superpoderosas.
— Af Anahí! Isso já não passa a anos e eu gosto de pantera cor de rosa.
— Sem mais nem menos vocês duas ok?
— Ok.
Ficamos assistindo aquele desenho animado, até ás sete e meia da noite. Ás sete e quarenta, Poncho ligou para Anahi, logo depois ela desligou com um sorriso enorme.
— Meninas, vou sair com Poncho e vocês duas vem com a gente.
— Ah, ficar de vela não!
— Ninguém vai ficar de vela! Vamos para um jantar e depois uma baladinha, a May está mal, vai fazer bem a ela.
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